A instalação de uma antena de telefonia no distrito de Criúva, no interior de Caxias do Sul, é uma alternativa para resolver os constantes problemas enfrentados pelos moradores das localidades. O desabafo de quem vive na área rural é geralmente o mesmo: como falar em saúde ou em segurança se no interior de Caxias não há sequer como se comunicar com a Brigada Militar ou com serviços de urgência e emergência.
Ainda em outubro de 2013, a operadora Vivo se comprometeu em instalar uma antena em Criúva, num prazo de oito meses. O anúncio foi feito durante audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia, da Assembleia Legislativa Gaúcha, realizada na Câmara de Vereadores de Caxias. Pelo prazo, a antena deveria ter sido instalada em junho de 2014. Entretanto, o equipamento ainda não saiu do papel.
O atraso se deve ao impasse entre o município e a concessionária, já que o local sugerido pela Vivo para receber a antena não respeita os critérios do plano diretor do município. O secretário de Planejamento de Caxias (Seplan) Gilberto Boschetti, entende a necessidade de instalação tanto para os moradores, quanto aos turistas, mas frisa que o município não pode permitir que a antena fique no centro do distrito. Ele explica que há regras a serem seguidas para preservar a paisagem, história e até mesmo a saúde dos moradores, por isso, os técnicos da Seplan sugeriram duas outras áreas a operadora para receber o equipamento.
- Sabemos da importância desse equipamento para os moradores, e também para incentivar o turismo na região, mas o local onde eles querem não podemos liberar porque compromete as características do distrito. Então sugerimos outros dois locais para que instalem o equipamento - afirma.
Já o presidente da Comissão Temporária Especial em Defesa dos Consumidores da Telefonia, vereador Arlindo Bandeira, irá propor uma reunião para chegar a um consenso sobre o local, e resolver o impasse. A data do encontro ainda não está definida.
