O serviço de inteligência da BM já trabalhava com a informação de que os envolvidos seriam moradores de Caxias liderados por um comparsa da Região Metropolitana. No mesmo dia do assalto, um rapaz de 21 anos foi detido por supostamente transportar os homens que invadiram a agência. Ele estava em um Vectra branco com placas de Caxias, e segue recolhido no Presídio Estadual de Vacaria.
Desde então, o bando se manteve escondido em matagais da região, segundo o comandante regional da BM na Serra, tenente-coronel Leonel Bueno. Mais de 70 policiais, com o auxílio de dois helicópteros e cães farejadores, procuravam pelos criminosos. Na madrugada desta quarta-feira, o grupo enfim foi resgatado e tentava sair de Campestre em um C3 prata e em um Kadett. Conforme Bueno, os assaltantes não reagiram.
Parte do dinheiro roubado estava separado em maços dentro de sacos plásticos numa mochila - o valor ainda não foi contabilizado. No período da fuga, os assaltantes estavam se alimentando com sardinha, biscoitos e salame.
- Esses bando estava escondido num mato em Campestre da Serra. Com ajuda da comunidade, conseguimos montar a barreira e prendê-los sem disparar um único tiro - comemora o tenente-coronel Bueno.
O que foi apreendido com os suspeitos:
- uma carabina
- duas espingardas calibre 12
- três revólveres
- um rifle winchester calibre 44
- duas pistolas
- rádio comunicador
- seis celulares
- 172 munições de calibre diferentes
- dois pares de luvas
- quatro toucas ninjas
- seis coletes à prova de balas
- um C3 e um Kadett
O modo de atuação dos criminosos que atacaram a agência do Banco do Brasil de Campestre da Serra na segunda-feira leva a polícia a acreditar que a chefia da quadrilha seja mesmo o criminoso da Região Metropolitana de Porto Alegre, ligada a criminosos da Serra. Em abril de 2013, o suposto quadrilheiro foi detido após furar uma barreira policial na região de Porto Alegre.
Segundo o Comando Regional de Polícia Ostensiva da Serra, ele liderou o arrastão no Banco do Brasil, Banrisul e Sicredi de Campestre da Serra, no dia 28 de março daquele ano. O homem estava foragido desde o dia 18 de novembro de 2014, quando deixou de comparecer na Penitenciária Industrial de Caxias do Sul. Segundo o CRPO, ele cumpria pena em regime domiciliar, e deveria ter se apresentado para colocar uma tornozeleira eletrônica.
A caçada da Brigada Militar aos criminosos que assaltaram o Banco do Brasil, em Campestre da Serra, terminou 34 horas depois em uma barreira na BR-116, no início da madrugada desta quarta-feira. Cinco homens e duas mulheres foram presos tentando deixar a cidade em dois carros com placas de Caxias do Sul.
Com eles, os policiais apreenderam nove armas, farta munição, rádio comunicador e dinheiro roubado da agência na tarde de segunda-feira. Um dos presos tem passagem por crimes semelhantes e inclusive teria participado de um ousado ataque contra três agências bancárias em sequência, em março de 2013, também em Campestre da Serra. Os demais têm antecedentes por roubos. Os suspeitos foram levados para a Delegacia de Polícia de Vacaria, onde serão ouvidos.
No roubo de segunda-feira, sete pessoas invadiram o Banco do Brasil. Funcionários foram obrigados a fazer um escudo humano para facilitar a fuga dos bandidos. Levada pelos assaltantes, a subgerente da agência foi liberada pouco depois na cidade de São Marcos.