As denúncias de supostos abusos sexuais cometidos por um professor contra alunos de uma escola estadual de Caxias só vieram à tona quando o docente foi transferido para outro colégio da rede estadual. Ele era responsável por uma turma de 12 crianças.
Assim que ele deixou a escola, os meninos procuraram a nova responsável pela turma para contar o que acontecia em sala de aula. Em um primeiro momento, a direção não acreditou. Os alunos então foram ouvidos separadamente e não houve contradições. Conforme relatos, o professor simularia uma brincadeira para tocar e manipular as partes íntimas dos garotos, situação semelhante às das vítimas de 2007.
As famílias receberam informações sobre as suspeitas e algumas mães formalizaram a queixa na Polícia Civil, que abriu inquérito.
- Fiquei chocada, apavorada. Daí conversamos com outras mães e percebemos que não era mentira, todos os meninos confirmavam detalhes que nem imaginávamos - conta uma das mães.
Quatro anos antes de o professor assumir o cargo na escola estadual, ele já havia sido denunciado por quatro famílias quando atuava em uma escolinha infantil. Conforme depoimentos do processo, um dos meninos relatou ter sido ameaçado. Outro pedia para usar duas cuecas e um terceiro se negava a trocar de roupa no estabelecimento de ensino por medo.
Com base em depoimentos, laudos de psicólogos e testemunhas, a 3ª Vara Criminal de Caxias entendeu que houve crimes em ocasiões variadas e condenou o professor. Durante o processo, porém, o juiz responsável o considerou culpado de três dos quatro casos. A instituição de ensino onde ocorreram os crimes em 2007 encerrou o atendimento há alguns anos. As crianças tinham entre seis e oito anos à época.
Pedofilia
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