A primeira parte das obras de recuperação da Rota do Sol (RSC-453), que faz parte do Crema-Serra, está prevista para ser entregue em setembro. Trata-se da reciclagem do asfalto existente, com recapeamento de 2,5 cm, para que o solo se acomode com o tráfego de veículos. Após esta etapa, será feita a cobertura definitiva. Mas beirando os quatro meses desde o início, dos 53 quilômetros previstos, apenas 18 estão concluídos. A cobertura definitiva começará em outubro, se nada atrasar.
Desde o dia 15 de fevereiro, a Rota do Sol (RSC-453) passa por obras de recuperação, previstas ainda no ano de 2012, no trecho entre Caxias do Sul e São Francisco de Paula. A empresa Traçado Construção e Serviço Ltda, de Erechim, foi contratada pelo governo do Estado para reconstruir o trecho de 53 quilômetros da rodovia e garantir a trafegabilidade por cinco anos.
De fato, no trecho em que foram feitos os reparos, do Km 152, na localidade de Santo Homo Bom, até o Km 170, na localidade de Apanhador, a rodovia apresenta ótimas condições de tráfego. A sinalização horizontal ainda não está presente em todo o trecho. Ela vai até o Km 165, apenas com faixas paralelas no meio da estrada. Mas os problemas começam no perímetro em que as obras ainda não chegaram. Do Km 172, no Apanhador, até o Km 186, na localidade de Décio Ramos, em São Francisco de Paula, a rodovia requer cuidados redobrados.
Cortes transversais no asfalto, feitos para permitir a saída de água acumulada no interior do pavimento devido ao elevado trincamento da rodovia, resultaram na abertura de perigosos buracos. Alguns chegam a 10 centímetros de profundidade. O ponto crítico se encontra no Km 181, em que há cinco vãos com grandes buracos em sequência.
- Essas trincheiras drenantes são necessárias, pois se a água permanecer confinada após a reconstrução do pavimento, reduzirá a vida útil da estrada. Estamos fazendo constantes operações tapa buracos para minimizar o desconforto ao tráfego - explica Everton Andreetta, sócio da Traçado.
Segundo ele, como se trata de uma obra a céu aberto, cumprir o cronograma depende do clima. Contudo, não vê motivos para revisar os prazos estipulados.
- Nossa expectativa é cumprir o cronograma assumido com o DAER, atingindo padrões de qualidade elevados. Garantir a vida útil do projeto para a rodovia restaurada - ressalta Andreetta.
Segundo o setor de engenharia da empresa, com o avanço da frente de reciclagem, que produz em média 1 km de faixa por dia, o segmento até o Km 188 deverá estar reconstruído em alguns dias.
Estradas
Parte das obras de recuperação da Rota do Sol poderá ser entregue em setembro
Trecho entre Caxias do Sul e São Francisco de Paula que ainda não recebeu recapeamento asfáltico requer atenção dos condutores
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