'Superou as expectativas', diz Edson Néspolo, presidente da Festa da Uva de Caxias

A proposta não é competitiva, mas o objetivo é superar edições anteriores em público, ações e lucros. E isso não foi diferente na 30ª Festa da Uva.

Cerca de R$ 16 milhões foram investidos em 2014, pouco mais do que em 2012, quando estiveram em caixa quase R$ 14,5 milhões. O público dos pavilhões aumentou em mais de 20% (cerca de 650 mil em 2014 e 530.104 mil em 2012).

Ainda que sem dados oficiais, a tendência é que o lucro também tenha crescido, já que o público foi maior. Em 2012, o resultado operacional foi de pouco mais de R$ 118 mil.

Agora, para 2016, os desafios se renovam.

Problemas históricos como o calorão no pavilhão 2 acabaram. No entanto, a dispersão dos veículos na entrada e saída do parque, o barulho na vizinhança e a acústica dos shows apareceram.

O lado positivo é que a proposta dos ambientes temáticos e de uma festa mais lúdica deram certo e devem ser ampliadas para a próxima edição.

- Esse é um caminho sem volta - acredita o presidente.

Entrevista
Cidade sem clima de festa
Acho que todo mundo tem que fazer autocrítica. Eu tenho que fazer autocrítica em relação a mobilidade (entrada e saída dos pavilhões), por exemplo, que precisa ser melhorada para o próximo ano. Agora, o comércio e os hotéis de Caxias têm que fazer muita autocrítica. Me desculpem a sinceridade. Mas eu cansei de ver excursões do Rio de Janeiro, São Paulo, enfim, hospedadas em Gramado. Precisamos ter uma mentalidade diferente, ser mais agressivos. Nós não podemos ter uma Festa da Uva e os turistas irem para Gramado, Canela, Bento. Caxias ganha muito com a festa, em divulgação, notoriedade, status e isso está enriquecendo indiretamente o comércio e a rede hoteleira.