A Polícia Civil de Ipê soube por acaso da morte de Soli Tadeu de Souza, 58 anos, cujo corpo foi retirado do velório para ser encaminhado à necropsia. O homem morreu por volta das 10h de quinta-feira foi liberado a familiares sem o exame. O homem foi vítima de um disparo supostamente acidental na noite de terça-feira.
Como o caso era investigado pela Polícia Civil, os parentes da vítima procuraram a delegacia na tarde de quinta-feira. Durante a conversa, os investigadores souberam da morte e da liberação do corpo. Com a descoberta, a polícia determinou que o velório fosse interrompido e o corpo encaminhado ao Departamento de Perícias do Interior, em Caxias do Sul, para a necropsia.
- Para nós ele estava internado. Os familiares foram até a delegacia para ver o andamento do inquérito e disseram: inclusive estamos velando ele. O homem poderia ter sido enterrado sem nós ficarmos sabendo. Aí teríamos que solicitar a exumação e a perícia ficaria ainda mais complicada - acredita o delegado substituto de Ipê, Flademir Paulino de Andrade.
De acordo com o delegado, a falha partiu do Hospital São José, de Antônio Prado, onde Souza estava internado. Um novo inquérito foi instaurado para apurar o erro.
O diretor do hospital, Diógenes Weber, reconheceu e lamentou o erro. Ele afirmou que o caso é investigado internamente e que foi reforçado com os funcionários para a situação não se repita.
- Pelo que apuramos preliminarmente, a equipe estava muito envolvida na reanimação paciente, que teve três paradas cardíacas. Então, devido ao estresse, houve esse lapso - afirma.
O hospital divulgou nota de esclarecimento na manhã desta sexta-feira. Confira a íntegra abaixo:
Por acaso
Polícia soube por familiares da morte de homem baleado em Ipê
Corpo de Soli Tadeu de Souza, 58 anos, foi retirado de velório e levado para necropsia
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