A Rua Jacó Brunetta, no bairro Santa Catarina, enfrentou meses de obras que tinham como principal objetivo minimizar alagamentos. A chuvarada do último sábado, no entanto, comprovou a ineficiência da obra. Lançado em junho de 2012 pelo então prefeito José Ivo Sartori (PMDB), o pacote de obras incluía também o asfaltamento da Jacob Luchesi, custando, juntas, R$ 2,1 milhões. As escavações na Jacó Brunetta começaram no final de janeiro de 2013, conduzidas pela Comercial Serrana de Asfaltos (CSA) e sob responsabilidade da Secretaria de Trânsito.
O secretário de Obras e Serviços Públicos, Adilo Domenico, explica que, de acordo com o projeto da obra feita recentemente na via, o encanamento seria suficiente para dar vasão a água. Porém, depois verificou-se o contrário.
- A rede é insuficiente para aquele volume de água. Estamos trabalhando num outro projeto para construir uma nova rede ali. Mas não é uma obra simples, o encanamento passa por dentro de terrenos particulares - avalia o secretário.
Outro ponto que costuma alagar constantemente é a Rua Remo Gianella, próximo à igreja do bairro Santa Lúcia. Ali, pelo menos três casas sofrem com a água a cada vez que chove forte.
- Havia um projeto para direcionar a água para a direção da Ceasa, mas eu não o aprovei porque a água iria passar pelos bairros Vale Verde, Reolon, que já têm riscos de alagamentos. Acredito que a água tem que ser desviada para a direção do Tega, mas é uma obra cara e estamos aguardando financiamento federal - explicou Domenico.
Conforme o secretário, outras vias que alagaram com a chuva de sábado foram a Rua Matheo Gianella (próximo ao Mercado Forlin), a Pio XII (próximo à Avenida Rossetti e Rua Angelo Chiarello), e um ponto de baixada do bairro Floresta.
- A solução hoje é garantir o afastamento mínimo de seis metros das margens dos córregos e investir nos tanques de contenção e piscinões, que acumulam o excedente das galerias - diz Domenico.