Funcionários do Grupo Voges paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira em frente à empresa, em Caxias do Sul, para discutir questões do dissídio com o Sindicato dos Metalúrgicos e também com o deputado federal Assis Melo.
Além disso, parte de um grupo de 170 ex-funcionários também está no local para reivindicar o pagamento dos direitos trabalhistas. Eles se desligaram no início de maio e alegam ainda não terem recebido os valores referentes ao 13º salário proporcional, liberação do fundo de garantia, entre outros benefícios.
- Ele (Voges) desligou a gente e não pagou nada, nem o último salário. Estamos passando por humilhação - protesta uma das organizadoras da manifestação, Jocemari Rodrigues, 33 anos.
Conforme ela, que trabalhou por quatro anos no turno da noite na empresa, alguns dos desligados tentam receber os benefícios na Justiça e muitos não tiveram o FGTS depositado.
- Tem gente que não tem nem o dinheiro da passagem para vir protestar - reclama Maria de Fátima Pasqual, 53, também desligada.
Os benefícios dos ex-funcionários deveriam ter sido pagos até o dia 28 de junho, conforme acordo realizado com o sindicato na época da rescisão. Um dia antes do fim do prazo, no entanto, a Voges entrou com pedido de recuperação judicial. A medida, segundo a empresa, obriga que todas as dívidas, inclusive trabalhistas, sejam englobadas em um único plano, que deve ser entregue em até 60 dias após o deferimento do Judiciário ao pedido de recuperação. A proposta também deve ser aprovada pelos credores.
Segundo o presidente do sindicato, Leandro Velho, nos próximos dias serão disponibilizados, para cada ex-funcionário, 300 números de rifas de uma moto e uma televisão. O valor das vendas ficará integralmente para eles.
Manifestação
Funcionários da Voges paralisam atividades na manhã desta segunda-feira em Caxias do Sul
Além disso, ex-funcionários estão no local para reivindicar o pagamento dos direitos trabalhistas
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