O Pioneiro procurou a servente de merendeira Jurema Felisbino dos Santos, 45 anos, para ela se falar sobre seu indiciamento policial por tortura de crianças na Escola Municipal de Educação Infantil Vanir Pereira de Almeida, em Monte Alegre dos Campos. Na tarde de quarta-feira, a servidora estava em uma outra instituição de ensino do município, para onde foi transferida após ser afastada da Vanir Pereira de Almeida. Jurema não falou ao jornal, mas forneceu o nome de seu advogado para que ele se manifestasse, o que ocorreu.
Diretora da escola na época em que crianças teriam sido vítimas de agressões, Araci Dias Tavares disse em depoimento à Polícia Civil que não sabe se isso ocorria dentro da instituição. Araci foi transferida para outra instituição de ensino do município, onde exerce a função de professora.
Veja o que disse o defensor da servidora, Clóvis Rodrigues da Silva Júnior:
"Em Monte Alegre dos Campos, a disputa política é muito acirrada. Aqueles que não são componente do partido A, são muito discriminados, perseguidos. Pessoas de má índole tentam difamá-los, injuriando-os. No caso em questão, não é diferente. A gente vai conseguir provar ao final do processo que não é como está sendo colocada a vocês. A acusação por si só já é muito grave. Ela está bem abatida, é uma pessoa do bem, jamais imaginou que fosse passar por uma situação dessa. Da parte da minha cliente, nunca houve nenhuma agressão, nenhuma tortura psicológica. Não tem como confirmar uma situação que jamais existiu.
A pessoa que fez a denúncia tinha uma rixa com a Jurema de fatos anteriores, que aconteceu um tempo atrás. Houve uma discussão muito curta, por questões profissionais, mas a pessoa que discutiu com ela se sentiu abalada demais e, partir de então, quis se vingar. Foi uma denúncia perante uma conselheira tutelar, que foi nas casas de pais por conta própria narrando as informações que tinha recebido. E os pais, apavorados, começaram a imaginar um bicho de sete cabeças. Essa conselheira entrou esse ano, trocou os pés pela mãos, não comunicou nenhum conselheiro que fosse colega dela para atuar junto. Ela não comunicou a secretária da Educação, que seria a pessoa que poderia abrir esse procedimento. Colheu todos os depoimentos de uma forma irregular".
Horror em escola
Advogado fala por servente de merendeira de Monte Alegre dos Campos
Defensor nega que ela tenha agredido crianças e atribui acusações a questões políticas
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