A necessidade de manutenção e melhorias na Rota do Sol é debatida há anos. E é a precariedade da rodovia e os diversos acessos que têm contribuído para muitos dos acidentes. Nos primeiros meses de 2013, nove pessoas perderam a vida em algum trecho.
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As primeiras mortes aconteceram em 14 de fevereiro, em São Francisco de Paula. Giovani Azevedo da Cruz, 20 anos, e Grace Boccadamo, 35, estavam em um Pálio que colidiu frontalmente em um caminhão. Eles morreram na hora. Dez dias depois, o motociclista Douglas Schirmer, 17 anos, se envolveu em um acidente com um caminhão próximo ao viaduto da BR-116 e acabou falecendo um dia depois.
Os dias 2 e 3 de março marcaram um fim de semana fatal. No sábado, no km 167 da RSC-453, em Caxias, o choque frontal entre um Fiat Uno e um Gol matou Eva Teresinha Borges da Silva, 62, e Eliton Fábio da Silva, 19. O motorista do Uno, Pedro Monteiro Pereira, 67, ficou internado no hospital por dias e acabou não resistindo.
No domingo, no trevo de acesso a Fazenda Souza, Ironita Maria Costa Vergani, 48, e Gabriela Drum dos Santos, 11, morreram quando o Santana que estavam colidiu em um caminhão. Em 14 e 20 de abril foram registradas as últimas mortes. Alessandra Tempass, 18 anos, estava em um carro que saiu da pista e capotou na Rota do Sol, em Vila Seca. E o motociclista José Luiz Fiorio, 48, morreu ao colidir em um caminhão no km 107.
Responsável pela Polícia Rodoviária Federal de Caxias do Sul, o inspetor Leandro da Silva Lins Baia, diz que é preciso readequar os acessos.
- Não se admite mais uma rotatória onde não existe redução de velocidade e a circulação é fechada. Ou seja, não pode haver cruzamento pelo meio da pista principal. Você tem que chegar na rotatória e fazer a curva, reduzindo a velocidade para que possa ter segurança - disse Baia.
Quem transita na Rota do Sol pedagiada, trecho que abrange Caxias, e depois percorre as partes que não são de domínio da concessionária é capaz de imaginar que mudou de rodovia. Mas não. O trecho pedagiado apresenta uma estrada bem conservada - apesar de não ter acostamentos em perfeitas condições -, com boa sinalização e vegetação aparada.
Alguns quilômetros a mais, logo que acaba a concessão e onde aconteceram grande parte dos acidentes neste ano (kms 146, 155, 167), perto do viaduto da BR-116 o cenário se modifica. A estrada é remendada e tem diversos partes do asfalto se quebrando. Diferentemente da parte pedagiada, a sinalização, qualquer tipo dela, praticamente inexiste. Em muitos pontos não há acostamento.