Ansioso em morar na nova casa, no loteamento Brandalise, o soldador Giovani Reis da Silva, 36 anos, se mudou no sábado. O problema é que agora, ele não obteve energia elétrica.
O soldador adquiriu terreno no Brandalise desde a metade de 2011. Ele e a família, a mulher Taísa Aparecida, 29, e os filhos Matheus, 14, e Kamilly, sete, esperavam que até que a residência ficasse pronta, haveria energia elétrica. O primeiro pedido à Rio Grande Energia (RGE), lembram, ocorreu em novembro do ano passado.
- A companhia disse que era preciso fazer uma extensão de rede, mas ainda estamos esperando. Queremos pagar a luz, ninguém quer roubar energia - afirma Silva.
A alguns metros dali, o pintor Jeferson Felisiak, 25, ainda tem a geladeira envolvida em um plástico bolha. Ele conta ter se mudado há cinco meses, e inclusive providenciou o contador em frente à residência. Felisiak, a mulher, Jucelaina, 24, e o irmão dele de 14 anos costumam iluminar a casa com velas. As compras de comida são feitas diariamente. Como a geladeira está obsoleta, os alimentos são comprados em pequenas quantidades.
- Chega a ser vergonhoso. Acionei o Procon, coloquei o contador, como a RGE me pediu, mas ainda estamos esperando. É nossa primeira casa própria, chega a dar um desânimo - protesta.
A RGE confirma a necessidade da construção de uma rede, com implantação de postes e cabos. Segundo a companhia, as obras estão em andamento dentro dos prazos previstos em lei. Até a primeira quinzena de maio a ligação será concluída. O prazo pode ser antecipado caso as condições climáticas sejam favoráveis para a obra.