Acidentes com caminhões e motocicletas são cada vez mais recorrentes na RS-122

O fluxo intenso e as curvas que levam inúmeros caminhões a tombarem na RS-122 também têm resultado em muitos acidentes e mortes. De janeiro a abril deste ano, 10 pessoas morreram em algum ponto da RS-122. A estrada tem cerca de 168 quilômetros de extensão e corta os municípios de Bom Princípio, São Vendelino, Farroupilha, Caxias do Sul, Flores da Cunha, Antônio Prado e Ipê. As condições para quem a percorre mudam conforme o trecho que está ou não sob o domínio da concessionária. Entre Caxias do Sul, Flores da Cunha e Antônio Prado, a rodovia é bem conservada e sinalizada, mesmo com trechos sem acostamento.

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De Ipê a Vacaria, onde a estrada deixa de ser pedagiada, a depredação prevalece. A sinalização horizontal praticamente inexiste e muitas placas podem ser vistas caídas. Outro trecho importante da RS-122 e de grande movimento vai de Farroupilha a São Vendelino. Por ali os problemas se repetem. Há curvas, pouca sinalização, falta de acostamento, asfalto com defeito.

Para o sargento Marcelo Stassak, do Comando Rodoviário de Farroupilha, grande parte das ocorrências está relacionada à imprudência. Mas o desconhecimento da rota e as condições da rodovia também interferem.

Muitas das ocorrências com mortes na RS-122 envolvem caminhões ou motocicletas. O primeiro acidente da RS-122 ocorreu em 25 de janeiro no km 28, em Bom Princípio, e matou o motociclista Claudinei Gass, 40. O segundo foi em 12 de fevereiro com três caminhões, em Flores da Cunha, e vitimou Márcio Francisco Silveira, 30 anos.

Adilson Ghisolfi foi o segundo motociclista a morrer na rodovia em 19 de fevereiro. Ele tinha apenas 20 anos e bateu contra um caminhão. Em 23 de fevereiro, Moisés Silva dos Santos, 26, morreu soterrado pelo caminhão que dirigia. Em 1º de março, outra colisão matou Alípio Oliveira Passos, 63, e o motociclista Breno Vicentin, 23. Passos conduzia um caminhão carregado de madeira que tombou e caiu de um barranco. O motociclista foi atingido pela carga.

Leandro Diniz, 44, Franciele Hannauer, 22, e Murilo Fraga Laux, 29, morreram em acidentes de carro em Farroupilha. As colisões foram em quilômetros 47 e 52, próximos da zona conhecida como Curva da Morte. A última morte registrada na 122 ocorreu em 14 de abril, no km 15, e vitimou Paulo Ricardo Spohr Raimundo, 44, que circulava de bicicleta na rodovia.