Apesar de uma lei municipal proibir a atividade dos flanelinhas, inclusive com previsão de multa, a prefeitura diz que não tem como fiscalizar a atividade ilegal. Por esse motivo, o combate está sendo feito apenas pela Brigada Militar. A identificação dos grupos que estão exigindo dinheiro de motoristas na área do estacionamento pago e em outros pontos de Caxias começou há duas semanas.
Segundo o capitão Juliano Amaral, responsável pelo policiamento da área central, foram feitas pelo menos 50 abordagens e identificadas 27 pessoas. A quantidade de pedintes é muito maior, segundo a corporação. Conforme Juliano, a BM não tem como prender ou impedir que os grupos fiquem na rua.
Mesmo que ocorra um flagrante, um flanelinha dificilmente ficará preso. Ainda assim o oficial diz que a Brigada continuará reprimindo os grupos na cidade. Os flanelinhas estão sendo fotografados e cadastrados pela Brigada Militar para futuras consultas e denúncias.
O capitão ressalta ainda que o combate aos flanelinhas não é tarefa apenas da Brigada Militar. Ele tem razão. Desde 1996, Caxias do Sul tem uma lei que proíbe a atividade e prevê inclusive multa. Entretanto, nenhuma secretaria da prefeitura assume a fiscalização. Um dos setores que poderia multar os flanelinhas seria a Secretaria do Urbanismo, que já combate o comércio irregular de rua. Mas o titular da pasta, Fábio Vanin, ressalta que a lei não esclarece quem deve fiscalizar os flanelinhas. Ou seja, a falta de entendimento apenas favorece a ação dos flanelinhas.
Flanelinhas
Brigada Militar já identificou quase 30 flanelinhas agindo na área central de Caxias, mas corporação diz que número é ainda maior
Flanelinhas estão sendo fotografados e cadastrados pela Brigada Militar para futuras consultas e denúncias
Adriano Duarte
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