Em 1992, Gelcindo Nunes era um jovem como qualquer outro. Servia ao Exército e, nos finais de semana, instalava som em festas e bailes. Infelizmente, por causa de um fio desencapado, um choque o atingiu e mudou sua vida. Hoje, ele possui paralisia cerebral e dá nome à associação fundada em 2009 com o objetivo de proporcionar tratamento diferenciado para quem sofre da doença.
- No início, o Estado nos ajudava pagando o tratamento. Porém, faz mais de sete anos que não vem ajuda nenhuma - conta a mãe de Gelcindo, Jacir Nunes, 69 anos.
Hoje, ele é o único paciente atendido pela associação. O custo mensal entre fisioterapia e fonoaudiólogo é de R$1,3 mil. Desse valor, três sessões são pagas pela família e duas pela associação. Com a ajuda do governo do Estado, Gelcindo realizava tratamento no Rio e chegou a fazer consultas fora do país.
- Hoje, só temos como atender uma pessoa. Realizando almoços, eventos. Com o apoio da comunidade, conseguiremos aumentar a receita e o número de pessoas atendidas _ explica Vera Roth, presidente da associação.
A procura por tratamento não é pequena. Em dois anos, já foram cerca de 20 famílias que procuraram a Gelcindo Nunes para auxiliar pessoas com paralisia cerebral. Atualmente, o tratamento de Gelcindo é com fisioterapia e medicamentos. O desafio diário da família é não parar com o que já foi conquistado.
-Se ele chega a ficar sem a fisioterapia, todos os avanços que já conseguimos na mobilidade dele vão se perder. E cada movimento, por menor que seja, já é muito devido a sua situação - conta a mãe.
Gelcindo está na fila de espera para tratamento com células tronco.
- Caso dê certo é uma esperança que não podemos descartar - diz Jacir.