As denúncias têm sido a principal ferramenta da Fundação de Assistência Social (FAS) para retirar das ruas as crianças que pediam esmola. A equipe de atendimento e abordagem social encontra a criança e procura a família para orientação
Na última terça-feira, por exemplo, um grupo de oito índios (duas mulheres e seis crianças) foram localizados pedindo esmola no Centro de Caxias e auxiliados. Conforme a presidente da FAS, Maria de Lurdes Fontana Grison, a Lurdinha, atividades no turno inverso ao da escola, como o Projeto Navegar e o Festival Recria, têm servido para inibir o tempo ocioso e, com isso, manter a criançada longe da rua.
- Existem muitos programas, governamentais ou não, que estão absorvendo essas crianças. Além disso, a população entendeu a mensagem de não dar esmola - explica Lurdinha.
Um exemplo de como o sistema pode funcionar é o de um garoto de 15 anos morador do bairro Cânyon. Em 2008, ele fazia malabares em uma sinaleira na esquina das ruas Ernesto Alves e Marquês do Herval mas, com ajuda da FAS, do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Norte, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Smel) e de outros órgãos, deixou a rua. Agora, deixou de faltar à aula e melhorou as notas, faz aula de dança nas segundas-feiras, joga futsal nas terças, quintas e sextas, e nas quartas, participa do Projeto Navegar.
- Agora eu não tenho tempo para ficar na rua - resume o garoto.
Infância e Adolescência
A partir de denúncias, Caxias do Sul tem conseguido retirar das ruas crianças que pediam esmola
Atividades no turno inverso ao da escola têm servido para inibir o tempo ocioso e manter as crianças longe da rua
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