O Juventude não pode mais adiar a recuperação no Campeonato Brasileiro. A cada rodada que passa a situação na tabela de classificação fica mais difícil. Por isso, vencer o Bahia, neste sábado (9), às 19h, no Estádio Alfredo Jaconi é preciso. O Verdão não ganha há seis rodadas na competição.
O adversário alviverde perdeu os últimos dois jogos para Vasco e São Paulo, e nas últimas 10 partidas teve somente duas vitórias. Em entrevista ao programa Show dos Esportes, na Rádio Gaúcha, Almir Adami, vice-presidente de futebol do Juventude, avaliou o confronto decisivo do final de semana.
— O Bahia vem numa sequência não tão boa, embora esteja na frente na tabela de classificação. Acredito que vá ser um adversário muito complicado, mas, independente disso, nós precisamos fazer a nossa parte. O Juventude precisa recuperar alguns pontos perdidos. Nada melhor do que uma sequência de jogos em casa, onde a gente teve uma derrota no último jogo, voltar a vencer contra o Bahia. A gente não tem como escolher adversário, e que seja nesse jogo a retomada de pontos do Juventude para buscar o objetivo dentro — comentou Adami.
O Juventude vive o momento mais delicado da temporada. São seis jogos sem vencer, a pior defesa do Brasileirão e duas rodadas seguidas na zona do rebaixamento. As cobranças são grandes por conta da má fase.
— A cobrança é natural no momento em que as coisas não estão acontecendo. O Juventude vinha bem desde o início do campeonato, se mantendo sempre ali numa zona, ou numa faixa de Sul-Americana, e aquilo ali nos permitia sonhar até com algo melhor dentro do campeonato, mas nessas últimas partidas, depois daquela vitória do Fluminense, nós acabamos disputando seis jogos, 18 pontos, e conseguindo só dois. Então, isso acaba acarretando uma busca maior de pontos para esses jogos finais. Se a gente buscar ainda aquele número de 45, faltariam 11 pontos em 18 — comentou o Adami, que completou:
— É algo que é complicado, eu sei que é complicado, mas a gente tem que trabalhar o grupo de atletas, e não é o momento de fazer uma cobrança descabida. Acho que a questão principal é passar apoio, temos que dar apoio para eles, passar uma tranquilidade e mostrar que a gente tem que buscar aquela performance que nós tivemos em todas as rodadas anteriores do campeonato. Então, o momento é todo de total concentração, de apoio, de tranquilidade, blindar o nosso vestiário, os nossos atletas, para que eles possam desempenhar o seu melhor e a gente voltar ao rumo das vitórias.
Fábio Matias
Com a fase ruim e os resultados negativos, o Juventude optou pela troca do treinador. Fábio Matias chegou, teve uma semana de treinamentos e estreou com derrota para o Fortaleza em casa. A direção escolheu o comandante por ele se encaixar no perfil estabelecido.
— A gente buscou informações com algumas pessoas, que nos repassaram que é um profissional que gosta de trabalhar muito nos treinamentos, de ajustar jogadas erradas, de conversar e dar apoio para os atletas. Nós imaginávamos, nesse momento, que precisávamos de um profissional, de um treinador que pudesse repassar essa tranquilidade para os atletas e que a gente pudesse retomar o caminho das vitórias e dos pontos. Então, esse foi o perfil que foi traçado, e até pelas opções que se tinha no mercado. Ele mais os dois, três treinadores que a gente também traçou com o mesmo perfil. O Fábio Matias foi o que se enquadrou nesse perfil e que estava disponível — finalizou Almir Adami.