O Juventude ainda tem alguns dias para contratar, pois o regulamento do Brasileirão ainda permite inscrever jogadores sem contrato ou que tenham rescindido antes do fechamento da janela, encerrada no dia 2 de setembro. A data limite é 20 de setembro para jogar a Série A.
Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, o vice de futebol do Ju, Almir Adami, afirmou que o departamento de futebol segue analisando o mercado, que agora está mais restrito.
— Eventualmente até tu tens alguns atletas aí que possam ter encerrado um contrato de fora, nesses países aí que o período da temporada é julho a julho, e que provavelmente tenham começado ou iniciado os treinamentos e estejam até com o ritmo. A gente tem sim olhos pra esse mercado também porque é o que resta depois de um fechamento de janela. E o monitoramento nosso de mercado abrange principalmente os atletas que estejam encerrando o contrato nos clubes e que a gente sabe que na sequência eles ficam livres no mercado — declarou Adami.
Muitos torcedores do Juventude cobraram a contratações de reforços após o time chegar às quartas de final da Copa do Brasil e ter faturado cerca de R$ 13 milhões de premiação. Contudo, nem todo o valor cai bruto nos cofres do clube, pois há descontos de impostos e também da premiação dos atletas. Sobre a cobrança, o dirigente comentou:
— Se eu pudesse, tranquilamente eu iria trazer esses atletas nas melhores condições e pagando aquilo que fosse necessário, mas quando a gente fez o orçamento no início do ano tínhamos um valor de receitas e um valor de despesas onde a gente já tinha um déficit considerável que teríamos que recuperar através da venda de atletas ou através até da passagem de fases da Copa do Brasil — declarou Adami, que completou:
— A gente continua tendo os pés no chão, sabe da cobrança por reforços. No início da janela em julho o Juventude trouxe cinco atletas que a gente entendia naquele momento que seriam necessários para a gente poder ter um pouquinho mais de quantidade e até qualidade no plantel.
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Algumas negociação ainda em andamento?
— A gente tem algumas situações. A gente procura atletas emergentes, atletas que possam ainda querer algo dentro do futebol e esse é o perfil de atleta que a juventude busca. Então hoje eu posso dizer que não tem nada, a gente não tem nada encaminhado da mesma forma que a gente teve durante o período de janela foram situações que a Juventude teve muito próximo de trazer aquele atleta que entendíamos que tinha condições de nos ajudar nessa campanha do Campeonato Brasileiro, mas que infelizmente por alguma questão financeira ou até de não liberação do clube de origem nos dificultou a trazer.
O mercado está inflacionado para contratar?
— Sim, o pessoal tem praticado na Série A de ter salários acima dos 400, 500 mil reais por mês, e mesmo que um atleta venha de fora também são cifras consideráveis. Naqueles clubes que estão um pouquinho mais abaixo é complicado, porque eles não vão estar liberando atletas para eventualmente um concorrente direto. Monitoramos alguns atletas do América Mineiro, Coritiba, Novorizontino e mais alguns outros clubes da Série B, mas também se tem a dificuldade porque esses clubes estão brigando para subir e eles não liberam facilmente um atleta. Os clubes detentores dos passes eles acabam pedindo um valor muito alto de empréstimo e quando a gente fala em alto eles começam com um milhão de dólares. Então isso aí é um valor impossível.