Terceira colocada do ranking mundial, a paratleta Maria Eduarda Stumpf, da ACTKD/UCS não conseguiu subir ao pódio nos Jogos Paralímpicos de Paris. Na disputa da categoria até 52kg da classe K44 do taekwondo, ela acabou sofrendo duas derrotas em sua primeira participação na competição.
Por estar entre as quatro melhores do mundo, Maria entrou direto nas quartas de final. Porém, o que se viu foi uma categoria muito equilibrada em relação ao desempenho das atletas. Em um primeiro combate decidido nos segundos finais, a atleta de 19 anos perdeu para a iraniana Zahra Rahimi, por 6 a 4.
Mesmo com o revés, ainda existia a chance de disputar a medalha de bronze por meio da repescagem. Porém, no início da tarde desta quinta-feira, em outra luta definida nos detalhes, a gaúcha acabou superada pela turca Meryem Cavdar, número 1 do ranking, por 8 a 6.
— A gente sempre espera o melhor, mas é como eu sempre digo: no esporte alguém tem que perder para o outro ganhar. A primeira luta, principalmente, foi decidida nos detalhes e ali acabam sendo coisas muito rápidas para assimilar. Agora já é pensar nos próximos passos, ajustar esses detalhes para as próximas competições e continuar torcendo pelo taekwondo paralímpico do Brasil aqui em Paris — destacou Maria, que se emocionou ao falar sobre sua primeira participação em Jogos Paralímpicos e um dos propósitos que ela leva para a vida, o da inspiração:
— Desde o primeiro momento em que eu saí de casa, me senti muito acolhida por todos. Então, estou feliz por estar aqui, por ter conquistado essa vaga, estar conquistando o meu espaço e deixando tudo de mim dentro de quadra. Foi uma experiência muito bacana, em um evento tão grande como esse. Estar junto e enfrentar atletas do mais alto nível é algo incrível. Infelizmente, a medalha não veio. Inspirar outras pessoas, com ou sem deficiência, já é algo muito bom. Porque é isso que o esporte faz.