Diante do grande favorito ao título gaúcho, o Juventude mostrou-se forte. Com uma estratégia bem traçada por Roger Machado e a entrega tática do grupo de jogadores, o time alviverde empatou as duas partidas com o Inter e eliminou o Colorado em pleno Beira-Rio, na noite desta segunda-feira (25), nas cobranças de pênaltis.
— O resultado de empate no Jaconi deixava a partida da volta aberta. O Inter iria tentar nos pressionar desde o primeiro momento. Seria importante, mesmo fora de casa, estar compactado, não permitir que eles conectassem seus jogadores mais decisivos. Preenchendo o meio e fazendo com que Wanderson, Maurício, Bustos, tocassem menos na bola. Tentamos fazer eles trocarem esse caminho. Isso aconteceu nos dois jogos. Com imposição física, com imposição técnica — avaliou o treinador, que ainda falou sobre o desempenho do time na Capital:
— Vencemos nos pênaltis, mas entendo que poderíamos ter decidido a nosso favor ainda no primeiro tempo.
Após ser campeão estadual pelo Grêmio como atleta e treinador, Roger Machado também comentou sobre o significado de voltar a disputar o título gaúcho, desta vez pelo Juventude.
— Para mim, dois anos depois de vencer o Gauchão, estou novamente como finalista da competição. Para o grupo que a gente está montando, é a oportunidade de fazer história pelo clube. Para o Juventude, mostra que o planejamento está sendo bem feito. E não é o final, mas o começo de um ano que tem muito pela frente — destacou o comandante alviverde.
O treinador ainda valorizou a participação de jogadores oriundos da base na campanha. No Beira-Rio, os volantes Pará e Kelvi precisaram entrar em campo por conta dos desfalques e da lesão sofrida por Danilo Boza, logo no começo da partida.
— Eu trabalho com um percentual, um ideal que tu tenhas no campo pelo menos 30% dos jogadores em campo vindos da base. E 50% no banco oriundos da base. Eles vão estar presentes no meu trabalho. A rotatividade vai acontecer para ter essa vivência. Falei para o Kelvi no final que estava de parabéns (pelo último pênalti). Ele nos ajudou na lateral direita. Devia a ele dar a condição de jogar na posição dele, como volante. Mas a oportunidade vem. Quando ela vem, não pode estar de pijama, deitado na cama — destacou o treinador.