De novo, não vai ter Gre-Nal na decisão do Gauchão. E lá vem, outra vez, os times de Caxias do Sul derrubar a lógica do Estadual.
Em uma noite de entrega tática, bom futebol e muita disciplina, o Juventude novamente, como já havia acontecido no Alfredo Jaconi, fez o poderio do Inter desaparecer. Desta vez, em pleno Beira-Rio. Merecidamente, na emoção dos pênaltis, o Verdão avançou para uma final que não frequentava desde 2016.
A primeira etapa foi de um Juventude competitivo e eficiente. O Inter até tinha mais a posse de bola, mas normalmente entre os zagueiros. Quando ela passava ao meio-campo, os espaços sumiam. Gigantes, Caíque e Jadson desarmavam e saiam em velocidade nos espaços oferecidos pela defesa colorada.
Só não abriu o placar com Edson Carioca por um detalhe. A bola rolou sobre a linha antes de Vitão afastar. Depois veio o merecido e tão desejado gol de Zé Marcos na bola aérea. Depois de tanto tentar e passar raspando em outros jogos, ele saiu em um momento especial.
Na segunda etapa, o cenário mudou. A entrada de Valencia e o recuo de Alan Patrick para auxiliar na armação das jogadas fez com que o Juventude desencaixasse sua marcação. Com mais espaços, o Inter criou e empatou em uma bola parada ensaiada. A cabeçada de Renê era defensável, mas Gabriel não conseguiu espalmar para o lado.
O jogo se desenhava para uma virada do Inter, mas Maurício se descontrolou em um enrosco com Nenê. O jovem acabou expulso. O camisa 10 seguiu em campo e foi um dos cobradores dos pênaltis. Aliás, sobrou força mental para o Verdão nas cobranças. Mesmo diante de um goleiro sabidamente pegador de pênaltis, só Alan Ruschel desperdiçou. Coube ao garoto Kelvi a honraria de concretizar a classificação e iniciar a festa alviverde no Beira-Rio.
No sábado, a primeira final será no Alfredo Jaconi. Sem o Gre-Nal que muitos imaginavam.