Tudo ajudou. Os resultados que o Juventude precisava aconteceram na rodada. Então, o Verdão dependia somente de suas próprias forças para vencer a Ponte Preta e confirmar o acesso à Série A junto dos quase 14 mil torcedores no Estádio Alfredo Jaconi. No entanto, o Ju ficou no empate em 0 a 0, neste sábado (18), adiou a definição para a última rodada e frustrou os jaconeros.
— A frustração do torcedor é a mesma nossa. Nos preparamos para vencer, pelo menos uma possibilidade de vitória e conquistar esse acesso dentro da nossa casa. Os resultados aconteceram e isso mostra o tamanho a competitividade dessa reta final da Série B. Nós jogamos para vencer no segundo tempo. O primeiro não foi tão bom. A Ponte Preta foi superior em grande parte do primeiro tempo, mas no segundo as mexidas surtiram efeito e também pela iniciativa. Faltou eficiência, tivemos quatro chances. Tivemos as bolas do jogo. Não jogamos a tolha. Não dependemos de ninguém — comentou o técnico Thiago Carpini, em entrevista coletiva.
Mais uma vez, o Juventude teve desfalques. Além de Jadson, suspenso pela expulsão diante do ABC, o lateral-direito Reginaldo e o atacante David Da Hora, com problemas musculares, nem no banco de reservas ficaram. Então, Carpini ousou e mudou. Echaporã e Tite receberam uma oportunidade como titular.
— Tentar o algo novo. O Ruan teve 30 chances comigo. Todos eles jogaram. O Erick foi titular nas últimas sete partidas. E o que eles entregaram, talvez, eu tenha entendido que não era o suficiente. A gente precisava tentar o algo novo. Era o que a gente tinha. Precisamos rodar o elenco. Gostaria de chegar neste momento mais ajustado, com entrosamento melhor, e isso não aconteceu nas últimas 10 rodadas. Tivemos que sempre se reinventar — revelou o treinador.
Para conquistar o acesso na última rodada, o Juventude pode apostar no ótimo desempenho como visitante. Em 37 rodadas, o Verdão é o melhor time fora de casa, com 29 pontos e um aproveitamento de 53,7%.
— Os números falam por si só. Não só dois jogadores que participaram muito desse retrospecto positivo fora de casa, não só a ausência do Rodrigo Rodrigues e do Nenê, mas também do David. O Reginaldo vinha sendo um cara muito regular. Se você pegar de 11 atletas, quatro baixas de um time que estava bem encaixado. Sem contar em outros percalços. Então, a gente não se apega não só ao retrospecto positivo, mas naquilo que nós fechamos no grupo e coletivo. Entregamos nosso melhor e só dependemos de nós mesmo. Seguimos sem perder, sem tomar gol — salientou o treinador.
Para chegar ao objetivo do acesso diante do Ceará, no sábado (25), o Juventude depende somente de suas próprias forças.
— A gente se apaga ao nosso retrospecto fora de casa que é muito positivo, a nossa constância dentro da competição. Não dependemos de outros resultados. Dependemos do nosso melhor, da nossa performance. As condições climáticas atrapalharam o Juventude. Não treinamos. Só descansamos e dormimos — finalizou o técnico alviverde.