As horas não passam para o torcedor do Caxias e nem para o grupo de jogadores. A grande expectativa é para o jogo de volta contra a Portuguesa, sábado (2), às 15h, no Estádio Luso-Brasileiro. O Grená precisa de uma vitória no tempo normal para conquistar o acesso. Após empatar em 1 a 1, no Centenário, uma nova igualdade levará o jogo para os pênaltis. É a quinta decisão de vaga que a torcida acompanha de forma apreensiva. Para o volante Elyeser, é um peso de temporadas anteriores.
— Na verdade, a gente está carregando um fardo de anos. Queria muito que o torcedor saísse daqui feliz no último domingo. Fui um cara que me dediquei ao máximo. Sei que o torcedor está ferido, magoado e sentido — contou o volante, que ainda revelou um recado que recebeu de um torcedor nas redes sociais sobre o peso que o próximo jogo carrega:
— Recebi uma mensagem que me tocou muito. Está entalado no torcedor. Ele me disse que o pai o ensinou a torcer pelo Caxias e espera, às 17h, de sábado, para soltar esse grito que está entalado. Vou levar essa mensagem para o jogo do Rio e quero passar isso para os meninos do elenco. Também está entalado na nossa garganta. Estou muito confiante no nosso elenco, na tranquilidade do vestiário. Respeitando também a Portuguesa.
Sobre o empate em casa, Elyeser destacou que a equipe teve um bom volume de jogo, mas em alguns momentos o time foi surpreendido pelo posicionamento do ataque da Portuguesa, marcando a saída de bola Grená. Para ele, faltou mais tranquilidade do time em trabalhar a bola no meio-campo para achar os espaços para a finalização. O time de Gerson Gusmão pouco levou perigo ao gol defendido por Dida, camisa 1 da Zebra carioca. Sobre a falta de conclusões, o volante respondeu:
— Acho que o time adversário vem aqui dentro e ninguém vem se expondo. Em alguns momentos fomos surpreendidos com Toscano, que fez uma pressão alta e os beiradas esperando a gente atravessar a bola para os laterais. Os times aqui não vêm muito abertos. No segundo tempo, eles baixaram as linhas. Isso dificulta. Precisamos rodar mais a bola e pegar o nosso ponto forte, que é o mano a mano. Então, essa falta de sabedoria dificulta mais fazer os gols.