A campanha do Caxias na atual temporada da Série D apresentou 18 capítulos que levaram o time ao desfecho de uma história que precisa, dessa vez, ter um final feliz. Agora, faltam duas páginas para completar um feito histórico: o primeiro acesso nacional em campo do clube. Nos dois próximos finais de semana, a equipe da Serra encara a Portuguesa-RJ nas quartas de final da Série D.
Um personagem que enfrentou a desconfiança durante a Série D e chegou a virar reserva, retomou a titularidade e foi o responsável pela cobrança decisiva do pênalti, que classificou o Caxias diante do Ceilândia.
— Eu vejo o meu momento e da equipe muito bom. Não é só sobre mim que fiz o último pênalti. É como um todo. As críticas fazem parte, mas não nos definem. Nunca deixei de trabalhar e nunca deixei de acreditar no que poderia entregar para o clube. Temos feito boas atuações, tanto eu como o Ricardo. Nos últimos quatro jogos, tomamos somente um gol. Esperamos manter essa solidez. Queremos escrever o nosso nome na história do Caxias. Sonhamos como isso — comentou o zagueiro Fernando.
Depois de passar pela primeira fase, pela Inter de Limeira e pelo Ceilândia, agora, o Caxias terá pela frente a Portuguesa-RJ. Dois jogos para conseguir o objetivo que ficou inacabado nas temporadas 2018, 2019, 2021 e 2022.
— O que nos trouxe aqui foi a nossa competência e a nossa entrega. O apoio do torcedor que sempre acreditou. Mais uma vez, o Caxias se encontra nesse momento. Esperamos dois jogos difíceis. Sabemos da qualidade da equipe da Portuguesa-RJ. Assim como nosso time, eles gostam de jogar e ficar com a bola. Temos que fazer mais. Só assim conseguiremos o acesso — analisou o zagueiro Fernando.
Um fator que conseguiu fortalecer o Caxias a cada fase foi o poder de adaptação, seja nas escalações e propostas de jogo, ou nas circunstâncias enfrentadas contra os adversários.
— Eu acredito que essa adaptação é o que nos trás certa confiança, porque temos que nos adaptar a situações adversárias, como foi contra o Ceilândia num campo menor e duro, no calor. Faz parte. Quem quer subir, temos que superar todas as adversidades — analisou o jogador zagueiro grená.
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A Portuguesa-RJ está invicta como mandante. Foram nove jogos e oito vitórias. Dos 32 gols marcados na competição, 28 foram em casa. Outro fator que merece destaque é o centroavante Marcelo Toscano, artilheiro com 12 gols, mesmo número de Eron.
— A preocupação é como um todo. Sabemos dos gols do Toscano, assim como o Eron tem, mas não foram feitos sozinhos. Foi um contexto geral. É uma preocupação como um todo. Sabemos da qualidade da equipe da Portuguesa-RJ, mas eu acredito que nós estamos vivendo um bom momento e estamos entendendo as fases finais. Acredito que temos condições totais de conseguir o acesso — finalizou Fernando.