Com apenas 18 anos, o volante Gehring e o atacante Ruan ganharam espaço no grupo principal do Juventude. Ambos estão sendo utilizados durante a Série B do Brasileiro e com um papel importante no elenco, seja iniciando as partidas ou entrando no decorrer dos confrontos.
E o bom momento da dupla, que fez parte do grupo campeão gaúcho sub-17 em 2022, já fez com que o mercado do Exterior observasse os talentos do time alviverde. Em entrevista ao Show dos Esportes, da Gaúcha Serra, o presidente do Ju, Fábio Pizzamiglio, confirmou que o clube recebeu propostas concretas pelos dois atletas, mas optou por recusá-las:
— A gente tinha no orçamento, cerca de R$ 2 milhões, previsto para a venda de jogadores. Recebemos propostas sim, do Exterior, pelo Ruan e pelo Gehring, além de outros atletas da nossa base. Propostas bem significativas, mas, por enquanto, estamos preferindo ficar com os jogadores. Esses dois casos específicos, do Ruan e do Gehring, que estão mais na vitrine, recebemos na semana passada um boa proposta por eles, mas optamos por mantê-los, focando na Série B do Brasileiro. Como a gente está e espera continuar com as contas em dia, não está sendo necessário. Acredito que possamos valorizar eles ainda mais.
O mandatário alviverde ainda citou que o clube recebe constantemente ofertas de empréstimo de clubes do brasil, mas acredita na valorização maior dos dois jovens a partir de um bom desempenho na Série B e até mesmo na próxima temporada.
— Eles têm 18 anos. Podem rodar um pouco mais no clube, valorizar mais. É claro que se vier uma proposta muito boa, que faça brilhar os olhos, vamos repensar. A ideia sempre nas negociações é ficar com algum percentual, pensando também nessa valorização. A gente sabe que os dois vão dar retorno. Eles passaram por alguns momentos no Juventude, positivos e negativos, e são ótimos jogadores. Vão se valorizar e temos tempo para analisar bem as propostas — destacou Pizzamiglio.
Além de Gehring e Ruan, jovens como o lateral-esquerdo Da Rocha, o zagueiro Abner, o meia Rafinha e o centroavante Vitor também estão inseridos no planejamento do grupo principal e devem integrar a equipe de transição na Copa FGF - Taça Rei Pelé. Mesmo que o clube tenha a necessidade de reforçar seu caixa, a direção entende que é preciso analisar se o negócio realmente é válido para o time e para o futuro do atleta.
— Quando a gente faz a conta, são valores significativos. Vale lembrar que esses atletas estão dando um ótimo resultado dentro de campo e, se a gente for substituir, também tem um custo. Temos que fazer a conta, na ponta do lápis, se essa troca não vai se tornar mais custosa do que fazer a venda. Deixando uma parte do passe, esse valor também pode aumentar no futuro. Ao mesmo tempo, um jogador de base, que está jogando conosco, o mecanismo de solidariedade aumenta um pouco. Se ele for para o Exterior, quanto mais ele atuar conosco, depois nas vendas entre os países, entra um valor maior também — explicou Pizzamiglio.