O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) definiu a data do julgamento de oito atletas investigados pela Operação Penalidade Máxima, que trouxe à tona um esquema de apostas no futebol brasileiro. Entre eles estão três ex-jogadores do Juventude.
A data estabelecida em edital de citação foi a de 1º de junho, na próxima quinta-feira. Os jogadores intimados são Eduardo Bauermann (Santos), Fernando Neto (São Bernardo), Gabriel Tota (sem clube), Igor Cariús (Sport), Kevin Lomónaco (Bragantino) Matheus Gomes (sem clube), Moraes (Aparecidense-GO) e Paulo Miranda (sem clube).
Lomónaco e Moraes confessaram participação no esquema de apostas e fizeram um acordo com o Ministério Público de Goiás. Sendo assim, viraram testemunhas do caso, o que não vale para o âmbito desportivo. Os dois jogadores, portanto, continuam sujeitos às mesmas punições do STJD que os demais jogadores investigados.
Todos os denunciados irão responder por atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende (artigo 243 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva) e por atuar de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente (artigo 243-A).
Em casos de infração cometida mediante pagamento de qualquer vantagem, as punições previstas são suspensão de 360 a 720 dias, banimento no caso de reincidência e multa de R$ 100 a R$ 100 mil. Matheus Gomes e Gabriel Tota foram enquadrados também no artigo 242, por dar ou prometer vantagem indevida para que algum indivíduo influencie o resultado de partida, prova ou equivalente.
Tota teve seu contrato com o Juventude encerrado na última semana, após ser devolvido pelo Ypiranga, onde estava emprestado.