Os rumos do Juventude dentro da Série B mudaram com a chegada do técnico Thiago Carpini. E as três vitórias consecutivas vieram acompanhadas de uma melhora individual de alguns atletas. E para um jogador, a evolução veio em boa hora. O volante Jadson é um dos poucos remanescentes do grupo de 2022. Além dele, apenas Jean Irmer se manteve no elenco para a atual temporada.
O jogador passou pela mão de três técnicos desde então. No entanto, as constantes trocas no posicionamento de Jadson no meio-campo não favoreceram o seu melhor futebol.
— A mudança fundamental foi a chegada do Carpini. Não que os outros não tenham tido mérito. Mas a filosofia de trabalho casou com o material humano do Juventude. A maneira dele se comportar e o conceito de jogo. Ele é um treinador, apesar de novo, com muita qualidade e um jeito de jogar claro. Isso foi fundamental para nos adaptarmos ao estilo de jogo dele. E os resultados têm acontecido de maneira natural — apontou o volante.
Jadson voltou a mostrar um bom futebol depois de um início de 2023 apagado. Diante do Atlético-GO, o jogador marcou seu primeiro gol no ano, que abriu o caminho na vitória de 3 a 0, na melhor atuação coletiva da equipe na temporada. O volante participou de 20 das 21 partidas do Ju neste ano.
— Ao longo dos anos, eu tenho sofrido mudanças de posicionamento, mas eu gosto de destacar que gosto de ajudar o Juventude da melhor maneira possível. Hoje, nossa maneira de jogar é um pouco diferente. Eu gosto de atuar de segundo volante, mas tenho me adaptado a essa função de jogar como terceiro homem de meio e fechar o corredor, sem a bola. Com ela, tento jogar mais e dar liberdade para o Nenê construir. Mas independente da posição, gosto de ajudar. Sou um jogador voluntarioso — admitiu o camisa 16.
Além do volante, outros jogadores demonstraram uma evolução física e técnica nos últimos jogos do clube na Segunda Divisão. E até mesmo atletas que estavam cotados a deixar o clube, como o lateral Alan Ruschel e o atacante Vini Paulista, recuperaram o espaço.
— Fico muito feliz, porque o futebol não se faz só com 11 jogadores. Temos mais de 25 atletas e temos que ter um ambiente saudável. Nada melhor do que vencer e todos se sentirem inclusos. Sempre vamos precisar de jogadores que não estão sendo usados. O Alan Ruschel é um exemplo. Não vinha jogando e agora é titular. O Vini Paulista também. Precisamos de todos os jogadores, porque o campeonato é longo.
A grande pergunta que o torcedor alviverde se faz é como em tão pouco tempo de trabalho o técnico Thiago Carpini mudou o cenário de um clube que estava afundado na tabela da Série B e hoje começa a se candidatar a algo melhor dentro da competição.
— Todo o atleta precisa de confiança. Não basta passar a maneira de jogar e não passar confiança para os atletas. Muitos jogadores estavam se sentindo sem confiança. Isso é natural. O Carpini assumiu essa responsabilidade e esse protagonismo. Ele cobra bastante, mas passa confiança e acredita no jogador. Para ele não importa se errarmos. Não fizemos um grande jogo diante do CRB, mas é mais fácil corrigir o time com vitórias — destacou Jadson.
O próximo compromisso do Juventude será no sábado, diante do Avaí, no Alfredo Jaconi. E o desafio do comandante alviverde e dos atletas é superar a ausência de Mandaca, uma das peças chaves do meio-campo e que está suspenso.
— Acho que nós temos uma margem grande de evolução, mas estamos no caminho certo para construir uma identidade que o Juventude merece. Sem o Mandaca, vamos ver como o Thiago vai armar o time. Esse jogo é o mais importante da nossa temporada — finalizou.