Fabricio Oya, 23 anos, chegou ao Estádio Centenário para disputar posição com Peninha, peça de reposição que faltou ao longo do campeonato gaúcho. Antes mesmo das semifinais contra o Inter, o presidente grená Mário Werlang já enfatizava a necessidade de um segundo camisa 10 para a Série D. Logo que pisou na casa do Caxias, o jogador já recebeu o recado sobre o objetivo principal do ano.
— A primeira coisa que eles me passaram é vamos subir esse ano. Então, eu topei o desafio, vim aqui para somar que é um grupo bom, que foi vice-campeão gaúcho. Vim aprender também e quero ajudar todos — disse Oya, que pondera sobre a pressão pelo acesso:
— A pressão foi a primeira coisa que me falaram. A gente quer subir esse ano. Essa pressão tem que existir, pois o time vencedor tem sempre que estar ganhando, mas não podemos levar para dentro de campo. Temos que estar tranquilos para jogar. Com a confiança que o grupo tem com o vice do Gauchão e o time bem entrosado é o momento de passar esse tabu para classificar.
O novo reforço grená já trabalhou com o técnico Tcheco no Azuriz-PR. Na temporada passada, o atleta entrou em campo em 16 jogos, marcou um gol e deu quatro assistências.
Para o meia, o treinador é um exemplo pelo jogador que foi. Ele revelou gostar do estilo de jogo do comandante, de ter a bola o tempo todo, ir para cima do adversário e ter coragem para jogar. Oya ainda completa sobre as suas características em campo:
— Muita bola parada, adoro bater faltas e escanteios. Isso tenho certeza que venho muito para ajudar. Acredito que sou vencedor e vim aqui para vencer. Gosto de atuar mais por dentro, mais perto do gol, como um 10 mais clássico. Gosto de estar pisando na área.
BASE NO CORINTHIANS
Formado na base do Corinthians, o meia conquistou a Taça BH Sub-17 em 2015 e a Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2017, além do Campeonato Paulista em 2019, também pela equipe alvinegra. O jogador acumula um total de 12 títulos pelo base do Parque São Jorge, mas agora quer construir os seus números no profissional.
— Agradeço muito ao Corinthians, foram 10 anos lá e 12 títulos. Tudo que tenho hoje devo a eles. Agora, como profissional, estou construindo minha carreira, começando e preciso mostrar que também sou vencedor no profissional e nada melhor que um acesso aqui e até ser campeão da Série D — afirmou o meia, que destaca os atletas com quem atuou na base do time paulista:
— Nesses 10 anos foram bastante jogadores, os principais foram o Pedrinho do Athletico, o Carlos Augusto na Itália, o Lucas Piton passou comigo, fora alguns como Rafael Bilú do Cruzeiro e o Roni. São todos da minha geração e espero conseguir também trilhar o meu caminho.