A postura mais defensiva do Juventude para encarar o líder da competição não funcionou. Na noite de quinta-feira (9), os mais de 10 mil torcedores que foram ao Alfredo Jaconi viram uma vez mais, no primeiro tempo, o time alviverde escalado com quatro homens de marcação no meio-campo. Mesmo assim, os jogadores não encaixaram a marcação e permitiram que o Grêmio abrisse 3 a 0 antes do intervalo. A partida válida pela sexta rodada do Gauchão 2023 era fundamental para o Verdão reagir na competição e se aproximar dos quatro primeiros.
— Os três gols que tomamos do Grêmio é algo inacreditável. Mais um gol desviado aqui dentro (o outro foi no empate com o São Luiz). O segundo gol foi uma felicidade do Reinaldo. O terceiro gol, mais uma bola desviada no segundo pau. O jogador deles (Bruno Alves) apareceu livre e fez o gol. Foi uma coisa realmente assustadora. Tivemos uma proposta muito defensiva que não deu certo. Trouxemos o time do Grêmio pra cima da gente e não funcionou — revelou o goleiro Pegorari.
Somente com as alterações propostas por Celso Roth no segundo tempo o panorama da partida mudou, especialmente com as entradas de Vitinho e Da Rocha, além da volta de Jadson para sua função de origem, mais recuada no meio. Por ele passaram-se muitas jogadas que resultaram em lances de perigo para o Verdão.
— Fomos um time mais propositivo, conseguimos ficar com a bola. Num gramado bom e com jogadores qualificados, temos que usufruir deles. Tivemos o controle da partida, poderíamos ter empatado ou virado o jogo, mas o espírito de garra e luta teve. Tenho certeza que a gente vai manter essa pegada daqui pra frente pra classificarmos pro mata-mata — acredita o goleiro.
Com outra postura na etapa final, o Juventude descontou com gols de Rodrigo Rodrigues e Mandaca. A equipe ainda criou oportunidades para, pelo menos, tentar o empate. No final, a derrota por 3 a 2 deixou uma ponta de esperança no goleiro alviverde.
— Esse jogo que fizemos no segundo tempo é o que a gente espera dos jogadores, ter a bola, as rédeas do jogo. A gente não pode deixar o adversário vir na nossa casa e crescer pra cima da gente, pra nos deixar numa postura defensiva. Um clube da grandeza do Juventude tem que ser propositivo. No segundo tempo foi assim e pareceu que o Grêmio inexistiu. Quando tivermos a bola temos que ter personalidade, erguer a cabeça e jogar — admite Pegorari.
Apesar da 8ª colocação na tabela, o Juventude está a apenas três pontos do Caxias, último time que estaria se classificando para a segunda fase. Por isso mesmo, Pegorari mantém o otimismo para que uma das vagas seja do Verdão.
— Dá pra acreditar. Temos jogos em casa que a gente tem que se impor e matar quem vier aqui dentro. Com 15, 16 ou 17 pontos a gente classifica. É totalmente possível. A gente vai buscar isso, pode ter certeza absoluta. Temos que colocar a cabeça no lugar para segunda-feira enfrentar o São José e começar essa reviravolta aí.