Entre o conservadorismo e a ousadia existe um meio termo. E o Juventude só foi encontrar essa receita após ver o jogo diante do Grêmio escapar pelas mãos. Com a formação inicial, que já não havia dado certo nas rodadas anteriores, com quatro volantes, o time de Celso Roth nem marcou, nem atacou. Só observou a qualidade gremista, com uma dose de sorte, ao abrir 2 a 0.
A melhora do Ju, ainda na primeira etapa, se deu a partir de um avanço nas linhas de marcação. Mas aí, faltava qualidade na criação e poder de marcação no lado esquerdo da defesa. E o Grêmio aproveitou uma terceira chance para ampliar.
Alan Ruschel ficou muito abaixo do que se esperava e por isso acabou substituído. A entrada de Wesley Hudson e Vitinho deu uma nova cara ao meio-campo. E o time mudou para muito melhor.
Após o jogo, o próprio Mandaca falou em entrevista: "o Juventude tem que mostrar mais a sua cara". E se trata exatamente de acreditar mais no potencial do grupo que tem em mãos. Especialmente contra os times do Interior, não dá para Celso Roth insistir em uma formação que não deu resultado. Talvez, até pela fala do próprio técnico na coletiva, isso tenha ficado mais claro depois do duelo contra o Grêmio.
A campanha do Juventude é ruim no Gauchão. E o primeiro tempo do jogo diante do Tricolor de Renato Portaluppi dava a impressão de que o cenário iria piorar ainda mais. Erros coletivos, uma marcação frouxa e vacilos imperdoáveis nesse nível de competitividade. Porém, o rendimento apresentado no segundo tempo, a partir das mudanças, deu uma perspectiva mais interessante.
Agora, a missão é confirmar isso nas rodadas finais. O caminho até a próxima fase ficou bem mais complicado, mas ainda é possível.