O empate no Ca-Ju 287 teve um Caxias muito superior no primeiro tempo. Um gol logo cedo, pênalti desperdiçado e duas bolas na trave. Um desempenho para ter um placar elástico. No entanto, o time grená não conseguiu confirmar a superioridade no placar. Com a brecha oferecida, o Juventude voltou melhor na segunda etapa e conseguiu equilibrar a partida.
Após a partida, o técnico Thiago Carvalho avaliou o resultado e os erros cometidos pelo seu time no confronto diante do Juventude:
—A gente teve uma oportunidade de pênalti e tem que confirmar isso. Fomos superiores no primeiro tempo, mas não da maneira que eu ainda acredito. Falta um pouco de entendimento de ficar com a bola. O jogo foi muito acelerado e não é isso que eu quero. Mesmo assim, fomos muito superiores no primeiro tempo e não deixamos o Juventude fazer nada. No segundo tempo, dez ou 15 minutos, pecamos muito no coletivo e no individual e deixamos escapar o resultado dentro do clássico.
O treinador foi questionado sobre a evolução do Caxias e respondeu:
—Espero muito mais. Primeiro tempo fomos superiores, mas pode ser bem melhorar e aproveitar pra jogar. Quando fizemos isso, nas poucas vezes, tivemos vantagem dentro de campo. Espero muito e sei o que pode fazer. Foi bom, legal, mas espero mais.
Na segunda etapa, o Juventude voltou com a entrada do atacante David, autor de dois gols. Isso mudou a partida. Para o técnico Thiago Carvalho, o Caxias errou em tomadas de decisões:
—Confronto individual. Não teve nenhuma mudança. Chegamos atrasados e tomamos escolhas erradas. Deixamos eles tocar e passar com facilidade, aí você perde o controle. Vários atletas e não foi só um. Eu fico um pouco frustrado, principalmente na beira do campo onde estava tudo certo. Vou ver e corrigir. Perdemos uma chance grande por voltar para o segundo tempo um pouco atrasado em tudo na parte defensiva.
Na segunda etapa, após sofrer a virada, Thiago Carvalho fez quatro mudanças de uma vez no Caxias. Uma delas foi a saída do meia Peninha, um dos destaques da equipe. O treinador explicou os motivos da saída do camisa 10:
— O Peninha, a partir do segundo tempo, ele não conseguiu render. Tanto na parte ofensiva como na pressão também. Então, eu decidi colocar dois centroavantes com o Marcão brigando. O Eron aproveitou muito bem. Era importante ter essa presença na área. Foi a circunstância que eu achei melhor para segurar a bola e pressionar.