Quando deixou Bento Gonçalves para assinar contrato com o Juventude, em 2008, Alan Ruschel ainda era um desconhecido para o futebol nacional. Ninguém poderia imaginar que a carreira do então meia-atacante ganharia, no clube da Serra, novos rumos a partir de então. Foi no Alfredo Jaconi que Alan deu os primeiros passos para alavancar seu nome.
Depois do Verdão, o atleta gaúcho atuou em grandes equipes como o Inter, o Athletico-PR e o Cruzeiro. Na Chapecoense, Ruschel fez história ao voltar e conquistar o título da Série B de 2020.
Quase 15 anos depois, ele retorna ao Juventude para traduzir toda sua gratidão ao clube com boas atuações e conquistas dentro de campo.
— Estou muito feliz e orgulhoso por estar voltando para o lugar que me projetou ao futebol. Sou grato pela confiança e feliz por deixar as portas abertas, onde consegui fazer um bom trabalho — admite Ruschel.
Logo de cara, Alan notou que não apenas ele, mas o Juventude mudou neste período, dentro e fora das quatro linhas.
— Encontrei uma estrutura bem diferente de quando saí, o clube melhorou demais. Lá se foram mais de 15 anos desde que cheguei do Esportivo. Diferente de 2013, quando saí pela última vez. Hoje temos uma estrutura que dá para o atleta totais condições de fazer o melhor dentro de campo — revela Ruschel.
Na sua volta ao Alfredo Jaconi, quando ainda estava em negociações com o clube, Alan assistiu ao empate do Juventude com o Flamengo pelo Brasileirão. Durante a partida, encontrou com um velho amigo, que lhe deu conselhos nos treinos naquela sua primeira vinda do Esportivo em 2008.
— Com o passar do tempo a gente vai pegando experiência com alguns atletas. Quando cheguei aqui tinha o Laurinho. Ele foi uma referência e me ajudou muito naquele início no clube. Conversamos muito durante o jogo com o Flamengo. Assim como o Lauro, em outros clubes peguei o D'Alessandro, no Inter, o João Paulo, no Londrina, e tantos outros. Agora sou eu o mais experiente do grupo e tenho que passar tudo o que aprendi pra eles. Sei como funcionam as coisas aqui, a importância de todos, desde os funcionários — revela Alan.
Aos 33 anos, o lateral-esquerdo será um dos atletas mais experientes do time de Celso Roth. Aliás, o jogador nunca trabalhou com seu novo comandante, mas não esconde que ambos têm algo em comum.
— O Roth é um cara que preza muito pelo trabalho e entrega, assim como eu. Acredito que essa fusão vai ser boa. Juntos, puxando o mesmo barco, pensando no mesmo jeito para fazer uma grande ano.
A expectativa de Alan, assim como todo o torcedor jaconero, é devolver o clube à elite do futebol brasileiro. Mas antes tem o Gauchão, campeonato que o lateral atuou em várias oportunidades e que faz Alan sonhar bem alto.
— Conheço as características do Gauchão, sei do que precisamos para fazer um bom campeonato. Seria importante chegar às finais, fazer história no clube. Quem sabe não possamos beliscar o título e trazer alegrias para a Serra Gaúcha.