O projeto Lapidando Cidadãos, de Vacaria, através dos subprojetos Lapidando Tenistas e Empoderando Tenistas, alcançou um de seus maiores resultados. Letícia Ioris da Fonseca, caxiense de 17 anos e atleta da instituição, ganhou uma bolsa integral para estudar e representar, nas quadras, a Bowling Green State University, de Ohio, nos Estados Unidos.
Antes de fazer parte do Lapidando Cidadãos, Letícia fez de tudo para se manter jogando. Ela teve a ideia de confeccionar bolos para conseguir recursos para treinar e jogar torneios, e os Bolos da Lê foram a garantia do sustento do sonho de seguir no tênis durante a pandemia. A receita do livro de receitas da mãe assegurou sua participação em competições importantes, até o convite do Lapidando Tenistas, em março de 2021.
— Vir para Vacaria e fazer parte deste importante projeto foi o divisor de águas da minha vida. Aqui eu voltei a ter o prazer de jogar sem nenhuma preocupação financeira, apenas jogar. Todas as conquistas se devem também aos meus pais. Eles foram fundamentais em comprar meu sonho, pois viram que eu batalhava incansavelmente. A vitória que hoje saboreio não apareceu ao acaso. Eu fui atrás. Não acho que sou melhor do que ninguém. Se tem alguma diferença, é que eu me esforço muito — celebra Letícia.
O Empoderando Tenistas visa aprimorar os treinos de meninas que sonham em ir além dentro do esporte e utilizá-lo para abrir portas. É um subprojeto que nasceu do Lapidando Tenistas. Ele contempla 60 beneficiários que participam de competições estaduais e nacionais. Os integrantes são oriundos do projeto-mãe Lapidando Cidadãos, que conta com 823 participantes.
— A Letícia é, até agora, a que voou mais alto. Mas o objetivo do projeto é que todos alcancem seus sonhos, seja dentro do tênis ou fora dele, com a formação humana que lhes é proporcionada, facilitando a jornada que escolherem — afirma o Promotor de Justiça Luís Augusto, idealizador do projeto.
Letícia embarca para os Estados Unidos em janeiro de 2023. Durante sua estadia de quatro anos em Ohio, a atleta receberá bolsa integral e uma ajuda de custo. O investimento, estimado em R$ 1 milhão, será bancado pela universidade americana.
*Com a supervisão de Maurício Reolon