Depois de muitos jogos, o Juventude não saiu de campo vaiado no Estádio Alfredo Jaconi. A equipe mostrou novamente competitividade diante do Corinthians, na noite de terça-feira (4). Até poderia ter vencido o jogo, mas terminou 2 a 2 o duelo diante da equipe paulista, que briga na parte de cima da tabela. O confronto foi o primeiro após a demissão de Umberto Louzer. O técnico interino, Lucas Zanella, falou como encara esta oportunidade.
— Foi muito gratificante para mim, estou aqui há muito tempo. Foi uma das principais coisas da minha carreira, que está começando. Agradeço a diretoria pela confiança. Dentro do que passamos para os atletas, a ideia era resgatar a competitividade. Pedimos para estancar o número de gols, mas não conseguimos, vai se estender para os próximos jogos isso. Mas os atletas entenderam o plano de jogo, foi muito na conversa e no vídeo. Tivemos praticamente um dia para fazer tudo — contou Zanella, que chegou ao clube em 2010.
No primeiro tempo, o grande destaque do time foi o jovem Rafinha, das categorias de base. O meia mostrou personalidade e não sentiu o peso da partida. O jovem chegou a colocar uma bola na trave. Contudo, no intervalo, ele foi substituído por Oscar Ruiz. O interino justificou.
— Ficamos muito felizes em ver um jogador com a formação aqui. Mas é uma formação de continuidade. O Rafinha tem alguns problemas físicos que trouxe na carreira. Mas ficamos felizes que ele está dando resposta e que tem essa cobrança para ele seguir. A formação não acaba no sub-20. Então, a minutagem tem que ser gradativa. O Oscar era uma potência pela esquerda que precisávamos e respondeu com um gol — explicou o Zanella.
O torcedor também viu em campo um Juventude sem o peso da lanterna da Série A do Brasileirão. O time estava mais leve, mais solto, buscando atacar o Corinthians e não apenas se defendendo. Lucas Zanella disse que metade do seu trabalho foi no sentido de resgatar o anônimo do vestiário.
— Tivemos um treino recuperativo e queríamos passar algumas informações. Ficamos estudando com a comissão. Procuramos trazer algumas informações capitais. Os outros 50% focamos em voltar a energia, ter um vestiário vivo, o Jaconi sempre foi uma das armas do Juventude e eu, como estou muito tempo, senti que faltava o Jaconi jogar junto, de passar confiança para torcida. Minha fala foi para eles se animarem, tentarem ser objetivo para que o torcedor viesse para o nosso lado.