O Juventude está num patamar dentro do Campeonato Brasileiro em que os jogos no Estádio Alfredo Jaconi são fundamentais na campanha. No entanto, nesta temporada, o Verdão tem somente duas vitórias como mandante na Série A. Automaticamente, isso reflete na situação delicada que o clube vive na tabela de classificação.
O time alviverde é o lanterna da competição e isso gera um ambiente de pressão a cada partida, principalmente as disputadas no Estádio Alfredo Jaconi. O goleiro Pegorari, titular do Juventude desde a 21ª rodada, irá para o seu quarto confronto próximo do torcedor alviverde.
— A gente está com uma pressão muito grande dentro de casa, desde quando subimos para o aquecimento e o jogo. Não tirando esse ponto do torcedor, porque ele paga o ingresso e quer ver o time vencer, a gente tem que tentar tirar um pouco dessa pressão. Claro que só sai com as vitorias e boas atuações, e não é o que estamos fazendo. Temos que caprichar nos detalhes. Só duas vitórias em casa é um número extremamente baixo — admitiu Pegorari em entrevista coletiva, na qual completou:
— Desde que cheguei aqui sabia desse processo que seria algo muito difícil e complexo pela situação do clube, com bastante turbulência. Vim com essa mentalidade. Cada vez mais a gente vem se soltando e trabalhando forte para fazer bons jogos. Eu troco o meu individual por vitórias.
No domingo (18), às 18h, o Juventude enfrenta o Fortaleza no Estádio Alfredo Jaconi. Será a 14ª partida em casa. A campanha até aqui tem duas vitórias, cinco empates e seis derrotas, com 11 gols marcados e 18 sofridos, um aproveitamento de 28,2%. Diante do Leão do Pici, o objetivo é voltar a vencer após sete rodadas.
— Sabemos da importância desse jogo, mas acredito que a postura do nosso time mudou muito depois do jogo contra o Avaí. Fizemos uma boa partida e com chances reais de sair com a vitória. Infelizmente, não conseguimos. Contra o Palmeiras, fizemos uma partida boa também, mas estamos encarando jogo a jogo como uma final. Temos que pontuar urgentemente, e tem que ser contra o Fortaleza — avaliou Pegorari.
REBAIXAMENTO
Os números e a campanha do Juventude levam o time para a zona do rebaixamento durante todo o Campeonato Brasileiro. No elenco alviverde, alguns jogadores já passaram por situação parecida e tentam encontrar nesses exemplos ensinamentos para ainda lutar pela permanência. Pegorari viveu no Palmeiras, em 2012, um título de Copa do Brasil e o rebaixamento no Brasileirão.
— Todo atleta passa por muitas situações dentro do futebol na carreira. Conforme vai passando, temos chances de ser campeões ou de rebaixamentos. Isso é natural. São muito anos na profissão. Já passei em muitos clubes com títulos e rebaixamentos. Presenciei em 2012 com o Palmeiras, um rebaixamento, uma situação muito parecida, sendo campeão da Copa do Brasil e o rebaixamento. A gente tem ciência total do que está acontecendo e sabemos que é uma situação muito difícil. Uma vitória no próximo jogo pode trazer novos ares — finalizou Pegorari.