O Caxias encerrou na manhã desta sexta-feira (12) a preparação para o jogo da volta contra o Real Noroeste, pelas oitavas de final do Campeonato Brasileiro da Série D. O treinamento foi com portões fechados, na véspera do jogo deste sábado, às 15h, no Estádio Centenário.
O mistério que rondou a semana grená será mantido até momentos antes da partida. Na entrevista pré-jogo, o técnico Thiago Carvalho não oficializou se o meia-atacante Matheuzinho, recuperado de lesão, começa ou não o confronto.
— Talvez seja a grande dúvida para esse jogo. A questão de começar, de pensar num segundo tempo que eu possa mudar. Mas tenho a dor de cabeça boa. Acho que não tenho como errar, são quatro jogadores que estão disputando essas três vagas. Mas isso é uma decisão que está sendo difícil, porque preciso tomar ela no contexto geral. Não é só por um jogador, é porque por, até onde ele aguenta ou não, quem vai entrar depois se precisar. Sinceramente, estou pensando — admitiu o treinador grená.
No jogo da ida, domingo passado (7), o gramado do Estádio José Olímpio da Rocha, em Águia Branca-ES, foi um problema que o Caxias precisou superar. Jogando no Centenário e no gramado beirando a perfeição, Carvalho espera que seu time dê uma resposta ainda mais positiva:
— Quando chegamos no jogo lá, até parecia que poderia ter um jogo melhor, estava verdinho, mas quando a bola rola é bem ruim, a bola pinga muito, é difícil de dominar. Nos adaptamos dentro do processo legal. Quando viemos para o nosso campo, que tem essa qualidade, que o jogador consegue dominar e tocar mais rápido, esperamos ter vantagem por isso. Se conseguimos sair da pressão, fazermos nosso jogo e sermos agressivos, é natural que o Real Noroeste perca a força de pressão. Precisamos fazer bem, precisamos sair da pressão deles para que possamos ganhar campo, confiança dentro partida e tentar aproveitar todas as oportunidades dentro do jogo.
POSSÍVEL TERCEIRO MATA-MATA DO ACESSO
A carreira de treinador de Thiago Carvalho ainda é curta. Aos 34 anos, o ex-zagueiro só virou técnico em 2020, quando assumiu o Aparecidense-GO. Nas duas vezes em que disputou a Série D pelo time goiano, chegou nas quartas de final, sendo eliminado na primeira oportunidade e conquistando o acesso e o título da competição no ano passado.
Se passar pelo Real Noroeste, o treinador terá seu terceiro mata-mata do acesso consecutivo na carreira e poderá levar seu segundo time à Série C. A expectativa de isso acontecer mexe com o treinador, que valoriza poder viver esse momento pelo Grená.
— Olha, sonho com isso todos os dias e acredito muito. E hoje, num contexto maior do que eu estava, porque o Caxias me dá uma oportunidade e cada dia que passa vejo da grandeza do clube e a responsabilidade maior. Estou muito feliz com essa oportunidade novamente e espero muito chegar nesse mata-mata do acesso. Mas não só chegar, mas conquistar, porque no final das contas é isso que importa — afirma o treinador, que espera contar com o apoio do torcedor grená para não interromper o sonho diante do time capixaba:
— Sempre falo que é difícil, porque realmente é. Não é uma conversa errada. Só peço que todos acreditem sempre, independente da situação do jogo, que ninguém duvide, nos momentos mais difíceis que a torcida possa acreditar, possa trazer energia positiva para nós, pra que possamos fazer um grande jogo e possamos passar mais uma fase.