O Juventude faz parte do bloco de 10 clubes da Série A do do Campeonato Brasileiro que criou o grupo Forte Futebol. O objetivo é, em conjunto, analisar e responder, de maneira única, assuntos importantes como questões econômicas.
Existem negociações para a criação da liga de clubes para organizar o Campeonato Brasileiro e gerir situações comerciais. O grupo que o Juventude está tem América-MG, Atlético-GO, Athletico-PR, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza e Goiás. Esses são os 10 clubes da Série A, que se autointitulam "emergentes".
Na prática, essas equipe se reuniram em forma de resposta a outro grupo, que apresenta os cinco paulistas da Série A (Corinthians, Palmeiras, Bragantino, Santos e São Paulo), além de Flamengo e Atlético-MG. O Juventude e os outros clubes do "Forte Futebol" não concordam, por exemplo, com a empresa que deve gerir a futura liga.
— A principal questão que envolve esse movimento é em virtude de muitos contatos que os clubes estão recebendo de forma individual, de empresas, investidores. A questão é a liga, que é algo fundamental, e a gente achou essa necessidade de nos unirmos e termos uma voz única para ouvir essas propostas e analisarmos. Assim, poderemos comparar, definir um melhor caminho para seguir de forma unida e negociar perante os outros clubes e ter mais força. Queremos ter um pouco mais de voz, porque sabemos que há um movimento de clubes paulistas com o Flamengo, o Atlético-MG e não gostaríamos de, como no passado, os clubes só aprovavam os contratos. A intenção é sentar na mesa e discutir. Queremos ter mais participações nas mudanças do futebol — comentou o presidente do Juventude, Walter Dal Zotto Jr.
Outra questão que os clubes do "Forte Futebol" é a divisão dos recursos entre os clubes, como os direitos de transmissão e os patrocínios do Campeonato Brasileiro. O Juventude e os demais membros entendem que esses números podem ser mais equilibrado.
— O benefício do Juventude participar é que individualmente se tem uma força muito pequena. Agora, quando se negocia qualquer questão em grupo, é mais respeitável e ouvido. Queremos participar das discussões e não só assinar para entender, principalmente, a questão de direitos de televisionamento. Nós não temos a pretensão de termos cotas iguais aos principais clubes do país. A gente quer que os critérios sejam transparentes e avançarmos com critérios próximos às ligas europeias — afirmou Waltinho.
Além de Juventude, América-MG, Atlético-GO, Athletico-PR, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza e Goiás, Inter Botafogo e Fluminense já foram convidados para as conversas.
— Resolvemos criar esse grupo e os convites estão sendo feitos para Inter, Botafogo e Fluminense, que a gente sabe que ainda não assinaram com nenhum grupo. O nosso grupo está aberto para qualquer clube que queira ingressar. Inicialmente para clubes da Série A, mas mais adiante para clubes que normalmente disputaram Série A e Série B. Não é um grupo fechado e todos terão o mesmo peso — disse o presidente alviverde, que finalizou:
— A Liga deve ser uma realidade. Não sei quanto tempo vai demorar para se tornar concreto. Precisamos primeiro estar unidos com a CBF. Os clubes administrariam os Campeonatos Brasileiros Séries A e B, no primeiro momento. É uma questão, que esse grupo criado poderá ouvir as propostas de como será criada a liga, quem vai participar, como será constituída. No meu entender, a Liga não pode ser gerida pelos clubes. Uma empresa, de forma individual, tem que gerir esse processo. Vamos ouvir algumas empresas.