O Juventude ainda não sabe o que é vencer neste Campeonato Gaúcho. Na noite de quinta-feira (3), o time novamente esbarrou na falta de efetividade e viu o zagueiro Micael, do Novo Hamburgo, ser soberano nas jogadas aéreas. Com apenas um ponto em três jogos, o Juventude faz um começo de Gauchão pior que da temporada. Após o jogo, o técnico Jair Ventura voltou a citar a falta do acabamento das jogadas.
— Infelizmente a gente tem que bater na mesma tecla, de ter o controle do jogo e não ser efetivo. Então, continuaremos trabalhando muito para traduzir essas inúmeras chances em gols — declarou o treinador do Juventude.
O Juventude teve duas novidades na escalação. Rodrigo Bassani começou o jogo ao lado de Chico. Já Ricardinho, apareceu na primeira função do meio-campo. O técnico explicou a ideia com as duas modificações no time, saindo Guilherme Parede e Darlan.
— Mais movimentação entre as linhas. Nós sabíamos que a equipe adversária iria baixar suas linhas e teríamos que ter jogadores mais criativos, e não jogadores de velocidade e força. Mesmo assim, ele (Bassani) teve duas chances logo no início e criou algumas oportunidades — analisou o técnico do Ju.
No segundo tempo, se viu um Juventude apostando muito nas jogadas áreas. Contudo, o time não obteve sucesso. Com uma defesa de estatura alta, o time visitante viu seus zagueiros se consagrarem.
— Foi um pedido nosso que não alçássemos bola na área, pois você tem um zagueiro de 1,95, outro de 1,90, lateral de 1,90 e um volante de 1,90. A média do time deles é de 1,83. A gente não queria essa bola área. Por isso a entrada do Bassani, mais um meia para a gente criar pelo corredor central. Tivemos duas oportunidades no início e inúmeras chances de gol sem esses cruzamentos, que acabaram acontecendo no final, porque a gente tentou por dentro com as movimentações e acabou não tendo efetividade. Não era uma coisa que trabalhamos na semana — enfatizou Jair Ventura.
Na etapa final, Bassani foi substituído por cansaço. O Jair Ventura também criticou a arbitragem de Douglas da Silva. Conforme Ventura, o árbitro foi conivente com o anti-jogo do Noia e não deu os acréscimos necessários.
— No último jogo (contra o São Luiz), o bandeira deu um passe da equipe adversária, um recuo, ele não conhece a regra. Depois deu um gol impedido e ele veio me pedir desculpas. Ele tem que acertar. Agora, os árbitros foram coniventes com anti-jogo. O árbitro não pode dar pouco tempo. Foram dez mudanças e você dá cinco minutos, sendo que tiveram diversos jogadores caindo, inclusive o goleiro — criticou Ventura.
O próximo compromisso do papo é contra o União Frederiquense. O jogo será na cidade de Frederico Westphalen, às 18h30min. Com a viagem mais longa do estadual, o técnico finalizou que precisa criar alternativas para o time balançar as redes mesmo sem tempo para treinar.