O Caxias do Sul Basquete tenta na noite desta quarta-feira (19) sua segunda final nacional na história. Contra o São Paulo, a partir das 19h, no Ginásio do Morumbi, os comandados do técnico Rodrigo Barbosa tentam um lugar na decisão da Copa Super 8.
Desde a decisão da Liga Ouro, em 2015, que o Caxias Basquete não chega em uma final nacional. Naquela oportunidade, a equipe derrotou o Sport por 3 a 1 no melhor de cinco jogos e garantiu o lugar no Novo Basquete Brasil (NBB).
Desta vez, o lugar na final da Super 8 será decidido em partida única. Contra o favoritismo do São Paulo, o Caxias Basquete tentará um novo feito em uma temporada que tem se mostrado tão satisfatória dentro de quadra.
No domingo (16), a vitória sobre o Sesi Franca teve muitas dificuldades para o time gaúcho. No entanto, após conquistar a vaga para a semifinal na prorrogação, o fator emocional ganhou grande força para a equipe caxiense.
— Era um jogo difícil, embora Franca tivesse alguns desfalques. Também tínhamos ausências, um na comissão técnica (auxiliar Jaú, recuperando da covid-19) e dois jogadores (Canta e Rafa Oliveira, recuperando de lesão), que são de suma importância para a nossa equipe. Superar esses obstáculos e vencer um jogo no Pedrocão, que é um ginásio difícil de jogar, com uma torcida difícil também, nos dá confiança emocionalmente. Mostra também o brio da nossa equipe, que teve a hombridade de correr atrás o jogo todo, de conseguir se manter firme e teve maturidade na prorrogação de conseguir fechar o jogo — afirmou o ala Humberto, que fez nove pontos e pegou 11 rebotes diante do líder do NBB.
Agora, o rival será o quarto colocado no primeiro turno. O São Paulo foi rival do Caxias Basquete no dia 4 de dezembro passado, no Ginásio do Sesi, com o Tricolor vencendo por 79 a 69. Daquilo que foi visto no confronto na Serra, algumas lições podem ser tiradas para a semifinal.
— Já conhecemos a equipe do São Paulo, jogamos com eles uma vez esse ano. Uma equipe grande, onde é muito difícil ter vantagem em alguns momentos do jogo porque defensivamente eles trocam tudo. Mas como já jogamos com eles uma vez, sabemos disso. Então é traçar alguns objetivos e metas diferentes do primeiro jogo para que consigamos fazer o que não deu em Caxias. É uma grande equipe, mas é melhor ficarmos pensando no que podemos fazer de melhor do que no São Paulo — analisa Humberto.
Se superar, mais uma vez, será necessário para o Caxias Basquete. Desta vez, quem fica de fora da partida é justamente o comandante. Rodrigo Barbosa testou positivo para covid-19 e já começou isolamento em São Paulo. O time será comandado pelo auxiliar Paulo Cesar Jaú, que recuperou do coronavírus e já se integrou ao restante da delegação na capital paulista.
Ganhar do São Paulo, o Caxias Basquete dá mais um passo para colocar seu nome entre os grandes do esporte brasileiro. De um projeto que luta ano após ano para se manter na elite, conquistar um lugar na final é a idealização de um sonho que a uma década e meia é vivido por tanta gente.
Para isso, Humberto acredita que o diferencial para derrubar outro favorito virá da força do grupo:
— Tenho falado isso frequentemente, que vamos ser uma equipe que vai brigar. Se juntar a confiança que ganhamos no primeiro jogo, com a garra que temos, pode dar uma mescla muito boa. Superação, com um pouco de confiança e a garra podem ser diferenciais para ganhar esse jogo. Mas o jogo é jogado dentro da quadra, São Paulo tem alguns jogadores vindo de covid também e a gente sabe que isso pesa. Então é juntar essas coisas para fazer um bom jogo, igualado, para depois tentar o bote e vencer.
A ESPN 2 anuncia transmissão da partida no Ginásio do Morumbi.