O vice-presidente de futebol do Juventude, Osvaldo Pioner, foi entrevistado na noite desta terça-feira (19) no Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra. Na pauta, a contratação do técnico Jair Ventura e a expectativa em relação a recuperação do time alviverde na reta final do Brasileirão.
Pioner deixou claro que o novo treinador da equipe já vinha sendo observado pelo clube:
— Já tínhamos feito contato há algum tempo atrás, mas era inviável para o Juventude por conta de valores e comissão técnica. Sempre que possível o Juventude buscou manter o grupo de trabalho do clube. Contudo, seguimos monitorando o Jair e, pelo histórico e grandes caminhadas em Série A, além do modelo de jogo do treinador, o clube considerou o nome ideal.
O dirigente ainda comentou sobre a negociação do contrato e as cláusulas que preveem situações distintas em caso de conquista do objetivo de permanência ou o rebaixamento.
— Por se tratar de um treinador desse nível, a questão contratual é mais complexa. não envolve só valores, envolve prazo, cláusulas que facilitem uma possível saída pra nós, que não prejudiquem o clube, que venha no máximo com auxiliar e, no caso dele, aceitamos vir um analista de desempenho junto. Tudo está dentro da nossa realidade. Têm situações no contrato para ele poder ficar até o final do ano que vem, e situações que o permitem sair a qualquer momento sem penalizar o clube — explicou Pioner.
DESGASTE
A saída de Marquinhos Santos foi tratada de forma natural pelo vice-presidente. Segundo ele a intensidade no trabalho do treinador acabou ocasionando um desgaste:
— Ás vezes, o treinador tem um desgaste natural por conta do trabalho intenso. O Marquinhos vivia 24h por dia dentro do clube, trabalhava muito. Então, tem que ter um fato novo, tem que fazer uma troca para mudar o ambiente, para dar uma motivação. Comparando os dois, são duas pessoas bem semelhantes, que aceitam a nossa simplicidade, aceitam nossa participação em opinar e sugerir algumas decisões, de elaborar um plano tático, ouvir as pessoas que trabalham conosco. Quanto a modelo de jogo, talvez o Jair ganhe mais no aspecto de organização defensiva, que é o que a gente espera que ele consiga, pois temos sofridos gols em quase todos os jogos. Aí é mais difícil de correr atrás.
Ainda segundo o Pioner, o período de cinco jogos sem vitória, e dentro da zona do rebaixamento, não é o mais complicado de sua gestão, iniciada em 2019. Nas séries inferiores, o dirigente encarou de maior tensão.
— Acho que não. Talvez seja o de maior impacto por se tratar de Série A e por tudo o que significa. Se permanecermos na A, com certeza o ano que vem será muito melhor, com o objetivo de beliscar uma Sul-Americana. Podíamos ter montado o elenco com mais tempo, mas por conta dos nossos contratos e patrocínios, acabamos demorando. O pior momento foi em 2019, quando estávamos com 0 de orçamento, não tinha equipe e nem nada. Na própria Serie b teve momentos que alguns torcedores e conselheiros jogaram a toalha, exemplo disso foi a derrota para o Avaí. Futebol não é uma ciência exata — relembrou Osvaldo Pioner.