Após a derrota por 3 a 0 para o ABC e a consequente eliminação da Série D do Brasileiro, o gerente de futebol Ademir Bertoglio não soube explicar os motivos para mais uma queda do clube grená em um confronto que valia o acesso. Abatido e sem justificativa, o dirigente reclamou da arbitragem e ainda se colocou à disposição para continuar no clube, caso a direção assim entenda.
— Não tem muita explicação. Enfrentamos um adversário de igual para igual, tanto em casa como aqui. São circunstâncias do futebol. No gol deles, a bola tinha saído pela lateral e foi na frente do bandeira. É um lance que o VAR não pode interferir. Nós tentamos buscar o empate, mas no contra-ataque fizeram o segundo e o terceiro foi consequência, porque nos lançamos ao ataque — disse Ademir.
O Caxias está na Série D desde 2016. Desde lá, nunca conseguiu o acesso. Em seis temporadas, cinco participações na Quarta Divisão, sendo que pela terceira vez perdeu no mata-mata decisivo. O clube e a equipe não conseguem achar a fórmula para se impor em momentos decisivos na competição nacional.
— Não vejo que a gente não se impõe. São 64 equipes e o Caxias chegou entre os oito. O Caxias está sempre chegando, e em algum momento vai acontecer. Nós queríamos que fosse em 2016, 2018, 2019, no ano passado e esse ano. Todos que trabalham no clube queriam esse acesso. Infelizmente, não conseguimos — lamentou Ademir.
No cargo de gerente de futebol desde o segundo semestre de 2019, Ademir tem duas eliminações na Série D, uma na segunda fase e outra nas quartas. No Gauchão, um vice-campeonato e uma semifinal. Será que ele permanecerá?
— Totalmente à vontade. Sou funcionário do clube. Nós sabemos do trabalho que vem sendo feito. O resultado não é o esperado. Começamos a competição reduzindo, e muito, o investimento que tínhamos e conseguimos chegar no momento decisivo, mesmo com essa situação. Se for a vontade da direção a minha permanência, estou à disposição para ajudar — finalizou.