O Juventude busca sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro neste sábado (12), às 19h, diante do Santos. É a oportunidade de quebrar um tabu, já que o Verdão jamais venceu na Vila Belmiro. Será o embate tático entre os técnicos Marquinhos Santos, natural da cidade praiana, Fernando Diniz, ex-jogador alviverde. Como uma prévia do confronto, o Taticamente te convida a conhecer detalhes do adversário do Ju.
Diniz assumiu o Peixe no início de maio e já comandou a equipe em sete partidas, com três vitórias, um empate e três derrotas. O time foi eliminado na primeira fase da Copa Libertadores e classificou-se para as oitavas de final da Copa do Brasil. No Campeonato Brasileiro, levou 3 a 0 do Bahia na estreia e venceu o Ceará por 3 a 1 na segunda rodada.
A implementação de seus métodos foi facilitada pois o argentino Ariel Holan, antigo treinador santista, também era adepto de um futebol ofensivo e de valorização da posse de bola. Entretanto, enquanto Holan era adepto do jogo de posição, Diniz prefere dar mais liberdade de movimentação aos seus atletas. Neste primeiro mês de trabalho, o técnico tem trabalhado na gestão do vestiário e na aproximação com o elenco, composto por vários jovens, como é comum na Vila Belmiro.
Com quatro gols marcados e três assistências na temporada 2021, Marinho segue como referência do Santos. No vice-campeonato da Copa Libertadores, no ano passado, ele foi eleito o melhor jogador da competição. Canhoto, tem como posicionamento inicial a ponta direita, porém tem liberdade para armar o jogo pelo meio e se aproximar do centroavante. Sua jogada característica é o corte para o centro do campo e o chute forte com a perna esquerda, definido por ele como "Mini Míssil Aleatório".
O volante Alisson é o ponto de segurança no meio-campo. Kaio Jorge, centroavante de apenas 19 anos, já fez seis gols na temporada.
Posicionamento inicial
Saída de bola
Assim como boa parte dos times que disputam o Campeonato Brasileiro Série A, o Santos faz a saída de bola com três jogadores, com o volante Alisson recuando entre os zagueiros. Entretanto, como Fernando Diniz gosta de um jogo de aproximação, os laterais permanecem próximos aos zagueiros, sendo opções de passe. Pelo centro, movimentam-se os dois meias e, curiosamente, também o centroavante Kaio Jorge, que tem liberdade para recuar e buscar o jogo. Os pontas são os únicos que ficam fixos, próximos da linha lateral.
Movimentos de ataque
Fernando Diniz é adepto do jogo de mobilidade. Assim, dá muita liberdade de movimentação para seus jogadores que ocupam o setor ofensivo. A partir do momento em que a equipe chega no ataque, não há posição fixa. Laterais e pontas alternam em jogadas de linha de fundo e movimentações pelo centro do campo. O centroavante Kaio Jorge tenta sempre se manter distante dos zagueiros, para conseguir se projetar às costas da linha defensiva adversária em velocidade e receber lançamentos, ou tabelar com os outros atacantes.
Como defende
O Santos se organiza defensivamente no 4-4-2. A linha de defesa se mantém próxima, enquanto os pontas recuam para a linha dos volantes, e o meia se alinha ao centroavante para executar a primeira pressão. Em jogos em casa, na busca rápida pela recuperação da bola ainda no campo de ataque, o time utiliza encaixes de marcação na pressão alta. Assim, a linha de meio-campo costuma se desalinhar.