Próximo de começar a Série A do Campeonato Brasileiro, o Juventude está atento ao mercado nacional e da América do Sul. O centroavante argentino Nicolás Blandi, 31 anos, que atualmente está no Colo-Colo, do Chile, aparece como alternativa para o ataque. A negociação encontra dificuldades para evoluir pelos altos valores envolvidos, mas o Verdão aguarda o desenrolar da situação.
— O Blandi é um jogador que pesquisamos e observamos que não estava sendo utilizado. Pelo histórico, é bem interessante. Tenho certeza que nos ajudaria muito. A gente fez uma investida no Colo-Colo. Nós sabemos que eles estão com o número completo de estrangeiros, daqui a pouco poderiam abrir uma vaga. Entramos nesse espaço, mas os números são proibitivos e eles têm uma cultura que qualquer transação envolve valor de passe e os jogadores que estamos trazendo não pagamos um centavo. É outro fator que dificulta. Nós, no atrevimento, fizemos uma proposta no nosso padrão. Muito abaixo do que ele ganha, mas vamos ver — afirmou Osvaldo Pioner, vice-presidente de futebol do Juventude, que completou sobre Blandi:
— Alguns jogadores de fora gostariam de jogar a Série A do Brasil. É uma esperança que a gente ainda tem, mas está muito difícil e distante. Essa situação teria que ser por empréstimo. Se por empréstimo já está difícil, imagina adquirir. É jogador de milhões de dólares. Estamos tentando trazer até dezembro. Esse é outro problema. Às vezes, os clubes querem emprestar por um ano e aí fica ruim para nós. De dezembro a abril é o Gauchão, que é deficitário. Fizemos uma proposta humilde e está na mão deles.
Outro nome na pauta é o do goleiro Ivan, 24 anos, da Ponte Preta, e com convocações para a Seleção Brasileira de base e principal. O atleta está em fase final de recuperação de uma cirurgia realizada em novembro para corrigir uma lesão ligamentar no punho direito. A direção teve uma procura inicial, mas somente com o empresário do atleta. Com a Ponte Preta nada foi conversado.
— É um caso parecido com o Blandi. Nessas pesquisas que fizemos, percebemos que ele não estava sendo utilizado e está se recuperando de uma lesão. É um jogador que precisaria voltar num cenário que ele sonha estar na Seleção principal e ir para o Exterior, nada melhor que uma Série A. Até brinquei, libera ele para nós que ele vai ter que defender bastante. Foi uma especulação. Tem uma situação de empresário com a Ponte Preta. É um negócio difícil. Demonstramos que estamos com as portas abertas — comentou Pioner, que finalizou:
— A gente especulou o valor que ele ganha lá. Nós não traríamos cobrindo valores que ele recebe. Nós traríamos, se eles entenderem que jogar uma Série A no Juventude poderia ter uma vitrine melhor que a Série B. Ela evoluiu numa conversa, depois parou. Não falamos com a Ponte e somente com o empresário. Se for um goleiro desse nível, até traríamos porque é de Seleção Brasileira.