Com apenas 12 anos, ela acumula diversos títulos, medalhas e alimenta o sonho de ser uma atleta profissional. Essa é Pietra Rosolen Rivoli, tenista natural de Bento Gonçalves, que dedica-se ao esporte desde muito cedo.
— Quando tinha quatro anos, meus pais foram para os Estados Unidos passear. Quando eles voltaram, meu pai comprou uma raquete para ele, que não jogava tênis também, e uma pequena para mim. Então, eles me colocaram numa escolinha e comecei a ter contato com o esporte, uma vez por semana, aprendendo algumas coisinhas — relembra.
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Incentivada desde a infância a praticar esportes, ela apaixonou-se pelo tênis. O pai Rodrigo, que foi atleta profissional de vôlei e atuou pela UCS e pelo Bento Vôlei, e a mãe Josana estão sempre ao lado de Pietra, que começou na escolinha de Caça e Pesca, em Bento Gonçalves, numa turma de crianças mais velhas. Depois, com o passar do tempo, passou a defender o Recreio da Juventude, de Caxias do Sul, em competições estaduais e nacionais.
— Na verdade, gosto de tudo. A energia dos lugares, as pessoas, treinadores, companheiros de equipe. Estar numa quadra de tênis batendo numa bola é o que eu mais amo fazer no mundo. Jogar tênis é a melhor sensação do mundo. Não consigo ficar uma semana sem fazer nada. Dá uma sensação ruim, parece que eu preciso fazer isso. É muito bom, eu amo muito.
Dedicada, ela precisa conciliar a rotina dos estudos com os treinamentos. São cerca de seis atividades por semana, três em Caxias e três em Bento .
— Agora, as aulas estão online. Então, está diferente do presencial. Quando tenho aulas presenciais é bem corrido, porque estudo a manhã inteira e tenho as provas. Acaba minha aula, tenho que correr para dar tempo de almoçar, ir para Caxias, treino a tarde inteira, chego tipo 19h, daí tenho que estudar de novo e, ás vezes, quando tenho semana de prova, acordo 5h ou 5h30min, para ter mais uma hora para estudar antes de ir para a escola, porque tenho que conseguir conciliar os estudos com o tênis. Meus pais sempre exigem, não em questão de notas, mas em questão de aprender mesmo. Tenho boas notas e sou dedicada. Acho que até agora estou conseguindo fazer isso muito bem — conta.
Como atleta, Pietra acumula 40 prêmios, entre troféus e medalhas. A primeira competição foi aos oito anos, quando disputou um Campeonato Estadual em Porto Alegre. À época, conquistou o segundo lugar.
— Tem vários que foram marcantes, tem um que foi quando ganhei meu primeiro campeonato brasileiro, que, coincidentemente, foi no Dia dos Pais, quando eu tinha nove anos. Também tem um que eu ganhei ano passado, em Criciúma, no Brasileiro Interclubes. E também foi muito legal quando a nossa equipe ganhou a Copa das Federações, no ano passado, que é um torneio que acontece todo ano em Uberlândia. Então, são vários títulos importantes.
Mesmo ainda muito jovem, Pietra tem claro o que quer para o futuro. Prestes a entrar em um período fundamental em sua evolução física e de maturidade, dentro e fora das quadras, ela deseja ser uma tenista de sucesso e servir de exemplo para as outras pessoas.
— Com certeza, meu sonho no tênis é ser uma atleta profissional, mas não ser só mais uma. Chegar longe, ser top no ranking, ganhar Grand Slam, manter a minha colocação. É isso que eu quero para a minha vida, é o que o mais amo fazer — projeta a jovem atleta.
Segundo informações do site da Confederação Brasileira de Tênis, em 2020, até aqui, Pietra teve 27 jogos e 22 vitórias. É a primeira colocada no ranking estadual na categoria até 12 anos.
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