O zagueiro Kelvin, 20 anos, é o oitavo personagem da série "De olho na base". Natural de Novo Hamburgo e cria da base alviverde, o jovem atualmente é titular da equipe do Juventude no Campeonato Brasileiro de Aspirantes. O começo no futebol foi no Americano, equipe da sua cidade natal, aos seis anos de idade.
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— Eu comecei a jogar futebol com seis anos, numa escolinha em Novo Hamburgo, que é a minha cidade, chamada Americano. Fui com seis anos para lá e saí aos 13. Tinha um campinho na frente de casa, eu ficava jogando bola com meus amigos, eles sempre ficavam falando para eu ir para a escolinha, para jogar alguns campeonatos e tal. Até que certo dia minha mãe (Marta) me levou lá para fazer a inscrição, comecei a jogar alguns campeonatos lá e aos 13 eu vim para o Juventude — disse Kelvin.
O zagueiro, que já foi lateral-esquerdo e volante, precisou superar obstáculos para seguir com o sonho de se tornar jogador de futebol. Além da questão financeira que dificultava, ainda na base teve uma grave lesão de ligamento. Isso quase impediu ele de retornar aos gramados. Foram oito meses de recuperação.
— Acho que a minha principal dificuldade, como todo atleta no início, na base, foi ficar longe da minha família. Eu vim com 13 anos para cá, era muito novo. E teve também uma lesão, com 18 anos, que eu rompi o ligamento cruzado do joelho esquerdo. Aí, o médico falou que para eu voltar a jogar futebol em alto nível, eu teria que fazer muito reforço, teria que cuidar bem, porque senão eu não conseguiria mais voltar. Mas graças a Deus consegui recuperar e voltar a jogar 100% — lembra o jovem.
Sobre ídolos, Kelvin é fã da sua mãe Marta. Todo o esforço dela em lhe ajudar nesta caminhada, fez o jogador adotar ela como referência na sua vida. Já no futebol, ele admira alguns jogadores que atuam na sua posição.
— Meu maior ídolo é a minha mãe, que sempre esteve comigo ali no início, sempre me ajudou, me levou nos treinos. Ela trabalhava a noite numa firma, meus treinos eram pela manhã, e ela me levava virada, nem dormia, chegava cansada e já me levava para os treinos. Meu maior espelho é ela. Mas dentro do futebol tem alguns jogadores que eu admiro, que são Sergio Ramos, Thiago Silva, entre outros zagueiros, alguns do Brasil também, mas esses dois são meu espelho — comentou Kelvin, que completou:
— Um dos meus ídolos também, até no Juventude, é o Laurinho. Ele foi meu preparador físico em 2017, na sub-17, fomos vice-campeões do Gaúcho. Me espelho bastante nele, é um cara que sempre esteve comigo ali, me acompanhou bastante, acompanho bastante ele também. Me ajudou sempre, então ele é um dos meus ídolos no Juventude também.
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Kelvin teve uma passagem por empréstimo pelo Corinthians no ano passado, antes de retornar ao Juventude. Zagueiro Canhoto, se considera com boa técnica e com imposição física.
— Eu sou um zagueiro, sou zagueiro canhoto, tenho bastante técnica, sou bastante técnico. Tenho uma boa imposição, boa recomposição também, e acho que minha principal (característica) mesmo é a técnica. Gosto bastante de sair jogando, achar passe e tal, para a bola chegar no meio, saindo com qualidade lá de trás — analisou.
Depois de uma primeira fase no Campeonato Brasileiro de Aspirantes, o Juventude sub-23 está pronto para começar a segunda etapa da competição. Kelvin é titular do time e observa essa chance como excelente para demonstrar seu futebol.
— Essa oportunidade é muito boa para a gente que está aqui no sub-23. Eu estava no profissional, acabei descendo, como não ia ter muito espaço lá. Acho que é muito importante estarmos passando por essa categoria, para estarmos sempre jogando com jogadores mais velhos, mais experientes e estarmos pegando casca, para quando subirmos mesmo para o profissional, estarmos 100% e preparados para as oportunidades que aparecerem — finalizou.
Ficha do atleta:
Nome: Kelvin Moreira Sandim
Idade: 20 anos
Posição: zagueiro
Características: técnica, rapidez, boa recomposição e imposição
Cidade natal: Novo Hamburgo
Chegou no Ju quando: 2013
Ouça o especial do programa Show dos Esportes, na Rádio Gaúcha Serra