O jogo entre Caxias e Marcílio Dias, neste domingo (25), é marcado por detalhes. O confronto no Estádio Centenário, às 15h,válido pela 9ª rodada da Série D, coloca frente a frente equipes que têm semelhanças e proximidades em um campeonato que a cada rodada se mostra mais equilibrado.
Com os dois clubes empatados com 11 pontos, o Grená só está na frente do Marinheiro por um detalhe: o número de vitórias. Essa vantagem faz com que o time do técnico Rafael Lacerda siga na zona de classificação à próxima fase, em quarto no grupo A-8, enquanto os catarinenses ocupam uma posição abaixo na tabela.
— Estamos disputando um campeonato que é muito de igual para igual. Todos os times são muito parelhos. Os detalhes muitas vezes que vão fazer a diferença. Futebol é assim. E a gente espera um jogo muito difícil, muito truncado. Tão difícil quanto foi lá em Santa Catarina. A gente sabe que é uma equipe que está brigando junto conosco pela classificação. Esperamos fazer o melhor — afirmou o goleiro Marcelo Pitol.
O equilíbrio entre Caxias e Marcílio Dias segue em outros números da Série D. Enquanto o grená fez oito gols, os catarinenses marcaram apenas quatro. Porém, a defesa do time gaúcho foi vazada oito vezes, enquanto o time de Itajaí levou apenas três gols. Com isso, a vantagem no saldo é pró-Marcílio — um positivo, contra zero do time de Lacerda.
Há menos de duas semanas, as duas equipes se enfrentaram em Santa Catarina, no dia 14 de outubro. Naquele confronto, Zé Vitor fez o gol da vitória do Marcílio Dias, no jogo considerado por Lacerda como "A pior partida do ano" do Caxias. Na entrevista ao final daquela derrota, o treinador grená reconheceu os méritos do rival:
— Mereceu a vitória. Talvez até poderia ser por um placar mais elástico. Mereciam. Principalmente pela apatia da nossa equipe.
Para Pitol, realmente, a vantagem do time catarinense passou também por uma atuação abaixo do Caxias:
— O adversário foi muito bem, foi melhor e superior a nós. No meu ponto de vista também. Por não fazermos dentro do campo um jogo de igual para igual, desde a parte da marcação, técnica. A gente não se achou nesse jogo, não conseguimos impor o ritmo que fizemos na maioria dos jogos do ano. Isso às vezes acontece. São times muito próximos de nível técnico e tático. Têm dias que as coisas não acontecem. E naquele, não aconteceu.
Depois de cinco jogos sem vencer na Série D, sendo que destes duas derrotas no Centenário, o Caxias sabe que precisa reverter esse cenário para seguir buscando a classificação.
— É ruim perder em casa. A gente não quer. Tivemos duas derrotas em casa. Isso é ruim por um lado. Tivemos vitórias fora. Mas temos que fazer prevalecer, mesmo não tendo torcida, o fato casa. É entrar no próximo jogo como se nosso estádio tivesse 30 mil pessoas a nosso favor — concluiu Pitol.
Se o detalhe do domingo for favorável para o Caxias, o time pode terminar a rodada até na vice-liderança da chave. Um novo revés, porém, pode colocar em risco uma classificação para um clube que, por detalhes, ainda não saiu da Série D.