O meia Carlos Eduardo chegou ao Juventude em junho. O atleta estava sem clube desde a matade de 2019, quando deixou o Coritiba. A última partida oficial tinha sido disputada há mais de um ano, antes de se lesionar na equipe paranaense. Com o recomeço do futebol, o jogador recebeu a primeira oportunidade no último jogo alviverde no Gauchão.
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Carlos Eduardo começou no banco de reservas na derrota do Juventude por 3 a 2 contra o Esportivo. Ele entrou no segundo tempo e atuou por 24 minutos. Após a partida, ele sentiu um desconforto na coxa, ocasionado por um desequilíbrio muscular em decorrência do grande tempo de inatividade. Agora, ele passará por um período de trabalhos em separado para corrigir essas valências.
- Esse é um atleta que conversamos bastante com ele também. Ele teve uma situação pequena muscular, aí voltou e sentiu de novo. Ele está um ano e alguma coisa parado. A gente combinou com ele que ele vai começar a fazer um trabalho especial com um profissional para equilíbrio e força. Vamos afastar ele do grupo para corrigir algum equilíbrio que ele tenha necessidade de fazer, em termos de quadril e posterior. Já combinamos que neste mês de agosto não tem para ele, é um trabalho separado para depois reintegrar - revelou o vice-presidente de futebol do Juventude, Osvaldo Pioner.
Além de Carlos Eduardo, o volante Moisés também passará por um trabalho específico. O meio-campista realizou uma cirurgia para correção de instabilidade no joelho esquerdo, ainda em fevereiro. Agora, também terá um acompanhamento especial para musculatura e prevenir novas lesões.
Os dois atletas irão seguir orientações de atividades com o profissional Everson Batassini Lima, 45 anos, que já trabalhou no Juventude. Atualmente, ele faz consultorias para o clube e irá auxiliar com sua larga experiência. No currículo tem Mestrado em Ciências e Jogos desportivos e Especialização em Ciências Aplicadas e alto rendimento.
- A gente vai avaliar os movimentos deles e depois trabalhamos com variações de força como força explosiva, excêntrica e reativa. Todo esse tipo de característica que a gente faz para seguir com o trabalho.Geralmente, na parte extensora e flexora se tem muita diferença marcada, a gente trabalha. O atleta utiliza muita potência, então vamos trabalhar em cima disso, porque é qualidade física mais importante para o jogador de futebol - explicou Everson.
Chance de recomeçar
O meia Carlos Eduardo, 32 anos, tem contrato com o Juventude até o final da Série B. Em caso de acesso para a Série A, há uma cláusula que renova com o atleta. O contrato atual é por produtividade. Na carreira tem passagens por Grêmio, Flamengo, pelo futebol da Rússia e da Alemanha, culminando na Seleção Brasileira. No Ju, o atleta busca um recomeço e esse trabalho específico será importante.
No último clube, o Coritiba, Carlos Eduardo ficou dez meses, e atuou apenas em cinco partidas, nenhuma delas na temporada 2019. As poucas atuações se devem a lesões. Por isso, a preocupação do Juventude.
- As lesões no músculo posterior são as que mais acometem os atletas de futebol. Se falarmos das lesões musculares e não articulares, 37% dos atletas que são acometidos disso. Muitas vezes, o preparador físico não tem tempo de trabalhar algo mais individualizados e muitas vezes isso que eu faço com o pessoal do Juventude. Aí consegue ver alguns detalhes, é um trabalho de complemento mesmo - finaliza Everson.