No dia 22 de julho, a CBF confirmou as nove primeiras rodadas da Série B do Campeonato Brasileiro. Naquele momento, o técnico Pintado já sabia que a maratona de jogos do Juventude seria desgastante, que as partidas seriam empilhadas uma em cima da outra e que seria preciso um grupo forte para aguentar a competição.
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Agora, depois de seis rodadas da Série B e uma da Copa do Brasil – que também já era programada há muito tempo –, Pintado alega que o desgaste físico é o principal motivo para que seu time não consiga manter o nível de atuação do início da competição.
A justificativa seria válida se fosse uma exclusividade do Juventude ter que fazer toda essa rotina de jogos ou se, de uma hora para outra, fosse definido que a equipe alviverde tivesse que entrar nessa maratona. Não é o caso, em nenhuma das hipóteses.
Além disso, o Juventude tem conseguido construir uma base de grupo de atletas com a possibilidade de mais de um jogador por função. Nas primeiras funções do meio-campo, por exemplo, João Paulo, Gabriel Bispo, Bochecha, Marciel e Tarta revezam constantemente entre os titulares, sem que haja grande prejuízo técnico.
Na armação, Renato Cajá é quem está cumprindo uma maratona de partidas sozinho. Gabriel Terra não se compara ao titular, mas o recém- contratado Wagner pode fazer com que esse revezamento também mantenha o nível.
O que mais preocupa é o Juventude não conseguir manter sequer um padrão, com dificuldades defensivas e ofensivas. O cansaço do time é um fato, mas não era novidade para ninguém que isso ocorreria.