Após quase 60 dias sem atividades, a ACBF está de volta aos treinos. A retomada foi dividida em cinco etapas, com o objetivo de realizar trabalhos presenciais e minimizar ao máximo os riscos de contágio pelo coronavírus. Na semana passada, os profissionais passaram pela triagem com os testes da covid-19 e todos tiveram resultado negativo.
A partir desta semana, ocorre a etapa de número dois, com treinos em grupos reduzidos, em turnos diferentes. São quatro grupos, sendo dois com cinco atletas e dois com quatro. Em cada turno, um fica na quadra com trabalhos de mobilidade articular e preventivos e outro na academia, com treino de força e readaptação muscular.
Ainda sem saber, quando poderão avançar para a terceira etapa, pois depende da situação da pandemia, o momento agora é de recondicionar os jogadores.
– Nossa preocupação é estimular de forma gradativa. Foram 60 dias de pouca atividade. Trabalhamos de forma online, mas muito pouco próximo daquilo que realizávamos diariamente. Se fizer uma analogia, nossa casa estava quase pronta e do nada aconteceu um vendaval e levou tudo. Agora, vamos ter que reconstruir os pilares – diz o preparador físico Alexandre Baldasso, o Micuim.
Com os quase dois meses sem treinos presenciais, após seis semanas de pré-temporada e a interrupção em março, os atletas perderam muito na questão física. Em avaliações de percentual de gordura, composição corporal como massa gorda e magra, peso corporal, salto vertical que dá o indicativo de potência e circunferência de coxa, a comissão técnica comparou os números do elenco com as medidas do início da temporada. O resultado foi bem diferente.
– Fizemos avaliações e percebemos que eles voltaram piores do que nas férias de verão. Então, começamos praticamente do zero e tendo alguns cuidados. Agora, o ano se torna ainda mais apertado com o calendário. Com tempo, vamos conseguir fazer um trabalho de base, de força, preventivos. Depois poderemos trabalhar a parte mais específica como potência muscular e velocidade – completou o preparador físico.