Duvido muito que os integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) estejam tão alheios aos fatos que estão ocorrendo em todo o mundo com a pandemia do coronavírus. Em um momento em que as competições estão paradas e em todas as modalidades, as lideranças olímpicas ainda falam em não adiar os Jogos de Tóquio, marcados para iniciar no dia 24 de julho.
São quatro meses para que haja a definição de todos os atletas que vão se credenciar ao ouro olímpico _ seja por qualificação ou por indicações dos países. Só que a preparação está muito prejudicada até o momento. Ainda assim, o principal é que a covid-19 deixe de ser um temor tão grande em todo o planeta neste período e que se tenha uma solução para o vírus que mudou a rotina de todos.
O real motivo?
Essa relutância do COI em admitir que não há tempo hábil e condições de iniciar os Jogos na data prevista parece muito mais uma questão comercial do que esportiva. Se sabe o quanto em dinheiro envolve um evento do tamanho de uma Olimpíada ou de uma Copa do Mundo.
O prejuízo que a entidade quer evitar com patrocinadores e compromissos comerciais em Tóquio assusta, mas não foge da realidade daqueles que todos os setores sentem em períodos de quarentena. O que não pode acontecer, principalmente vindo de um grupo que trabalha com o esporte, é transpor o dinheiro à frente da saúde de um mundo todo. Isso é inaceitável.