O mundo vive uma situação totalmente atípica. Devido à pandemia de coronavírus, todas as áreas de atuação estão tentando achar alternativas para se reinventar em meio a algo tão novo. No dia a dia do futebol, não é diferente.
Com a paralisação dos treinos e das competições, os clubes encaminharam trabalhos para os atletas realizarem em suas residências no período de quarentena. Além dos cuidados essenciais com a convid-19, os jogadores têm buscado manter a forma dentro de casa. Não é uma tarefa fácil, afinal não se trata da mesma carga de intensidade que um trabalho presencial.
– É um período bem estranho. Agora, vamos passando o tempo lendo, vendo filmes, estudando. É um momento delicado e precisamos ter consciência para não prejudicar ao próximo – disse o goleiro Marcelo Carné, do Juventude.
O clube alviverde tem um setor de nutrição, que fica a cargo de Paula Scavino. Entre as recomendações para os atletas estão: cuidar da higiene, sono adequado, evitar o estresse e comidas industrializadas, aumentar o consumo de frutas e verduras, ingerir minerais essenciais para a imunidade, além de evitar as bebida alcoólicas.
Já a parte de fisiologia, com o profissional Marcos Galgaro, passou um programa com treinamentos funcionais para realização em casa. Trabalhos de core, que tem o objetivo de fortalecimento dos músculos estabilizadores, atividades para resistência muscular, tanto para membros inferiores, quanto superiores e potência para membros inferiores. Além disso, trabalho aeróbico na esteira.
Os atletas utilizam minibands, que são pequenas faixas elásticas, cabos de vassouras, bola, parede, entre outras alternativas.
– Esse tempo sem treinos, é prejudicial. Perdemos força, a musculatura trabalhando em casa não é igual como no clube. Eu estou fazendo manutenção, movimentação e trabalho de fortalecimento na sacada de casa – contou o goleiro.
Cuidados no grená
No Caxias, a preocupação com os profissionais é igual. Os cuidados e as orientações foram repassar pelo departamento médico e comissão técnica. Os atletas receberam orientações de exercícios físicos e alimentação durante a quarentena.
– É um momento de muita preocupação. Estamos seguindo as normas passadas à risca, ficando em casa. Tenho seguido os treinos que a comissão técnica passou. Há um acompanhamento diário. Eles estão em contato com a gente. Procuro adaptar da melhor forma possível. Tenho a miniband, bola para fazer fortalecimento e fundamentos – disse o centroavante Gilmar, que ressalta que as atividades em casa não têm a mesma eficácia:
– Em quarentena, não conseguimos fazer o trabalho igual ao campo. Parte tática, o rimo de treino e jogos, tudo muda. Temos que tentar manter a condição física para quando voltar aos treinamentos de campo, a gente readquirir o ritmo o mais rápido possível e voltar ao nível de excelência.